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Acidente

Paraquedista sofre acidente após saltar de balão, em Boituva

Segundo colegas que estavam com o atleta, ele fraturou a perna

29 de Abril de 2021 às 16:33
Kally Momesso [email protected]
No Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva, estão permitidos os saltos individuais.
No Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva, estão permitidos os saltos individuais (Crédito: Pedro Negrão/ Arquivo JCS (Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva))

Um paraquedista sofreu um acidente, após saltar de um balão, em Boituva. A ocorrência foi registrada na manhã desta quinta-feira (29). Segundo colegas que saltaram junto ao atleta, ele fraturou a perna. Ao Cruzeiro do Sul, o presidente da Confederação Brasileira de Paraquedismo, Uellinton Mendes, informou que a vítima foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao hospital da cidade.

Ainda não há informações sobre a causa do acidente, nem quanto ao estado de saúde do paraquedista “O Comitê de Segurança e Instrução entrevistará os atletas que estavam no salto para ter mais detalhes a respeito e divulgará à nossa comunidade desportiva como forma de educação e prevenção. No momento, estamos acompanhando o nosso atleta, ansiosos por sua recuperação”, disse Mendes.

Além deste caso, a região de Sorocaba já registrou outros acidentes relacionados à modalidade desportiva. Na terça-feira (27), após rodopiar no ar, uma aluna fez um pouso forçado no telhado de uma casa do bairro Cidade Jardim. Conforme relatos de pessoas que presenciaram a cena, a paraquedista teve apenas ferimentos leves.

Mas nem sempre os acidentes são brandos. Em 2020, algumas mortes foram registradas em Boituva. Em 10 de dezembro, Felipe Carlos dos Reis, um aspirante a oficial de infantaria do Exército, morreu durante um salto de paraquedas. Em 14 de novembro, o soldado aposentado João Marcelino Manassi morreu após ter problemas para acionar o equipamento durante o salto. No mesmo município, em 25 de outubro, Leandro Torelli morreu após fazer uma curva brusca em baixa altitude.

Apesar dos acidentes, o presidente da Confederação explica que é quase impossível os equipamentos não abrirem. Ele ainda comparou andar de automóvel com a prática do paraquedismo. “Tecnicamente, são seguros, mas, se você bebe, não pode dirigir. Se você fica sem dirigir por um longo tempo, deve passar por uma readaptação. No paraquedismo, não é diferente”, afirma. Para saltar de paraquedas, é necessário estar em dia com os exames periódicos e manter constância de saltos.

“Os procedimentos de emergência que treinamos, se negligenciados, nos levam a danos físicos ou à morte. A não observância do Código Desportivo da CBPq [Confederação Brasileira de Paraquedismo], seja por nossos atletas filiados ou entidades independentes, costuma ser a causa de alguns acidentes”, diz ele.

Mendes ainda aponta que os índices de acidentes do aerodesporto são baixos. “Em Boituva, ocorrem mais de 3.500 lançamentos de paraquedistas por fim de semana. Só nos fins de semana, teríamos mais de 160 mil lançamentos por ano. As fatalidades estariam em um índice de 0,00001875%, e nosso trabalho é que chegue a zero”, concluiu o presidente.