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Sorocaba

Multinacional deverá pagar reforma de UBS

23 de Abril de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Prédios municipais foram construídos sobre um antigo lixão no Jardim Rodrigo.
Prédios municipais foram construídos sobre um antigo lixão no Jardim Rodrigo. (Crédito: FERNANDO REZENDE / ARQUIVO JCS (11/1/2021))

 

A Prefeitura de Sorocaba informou segunda-feira (19) que há tratativas com uma empresa multinacional para custear a reforma no prédio da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Rodrigo. A unidade está fechada desde o dia 11 de janeiro deste ano, ou seja, há pouco mais de três meses. A UBS foi interditada após denúncia de risco de explosão e comprometimento das instalações por conta de níveis elevados de emissão de gás metano. O prédio da UBS Jardim Rodrigo e do Centro de Educação Infantil (CEI 117) foram construídos sobre um antigo lixão e o problema em relação aos prédios já é antigo.

Pouco menos de um mês após a interdição dos prédios da UBS e do CEI, a Prefeitura anunciou que reformaria as duas unidades. O anúncio foi feito no dia 5 de fevereiro último. Na ocasião, a Prefeitura informou que a reforma da UBS iria custar R$ 230 mil e a do CEI 117 R$ 255 mil. “Os aportes seriam feitos pelas três pastas envolvidas, Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema), da Educação (Sedu) e da Saúde (SES)”, informou à época.

No entanto, ao ser questionada pelo Cruzeiro do Sul a respeito do processo de licitação para a contratação de empresa para a realização das obras de reforma nos dois prédios, a Prefeitura informou que há tratativas com uma empresa multinacional para custear a manutenção da UBS Rodrigo, visando acelerar a reforma e entrega da unidade junto à população, com o intuito de retomar o funcionamento da UBS no imóvel. Porém, não foi informado o nome da empresa. Também não foi informado o motivo da multinacional custear a reforma da UBS, e nem se está prevista uma contrapartida do município.

Ainda conforme a Prefeitura, no prédio da UBS serão necessários reparos nas trincas e infiltrações, pintura, substituição de vidros, reposição de portões, retirada de pisos e manutenção elétrica. A realização de extração de gás no terreno da UBS está em fase de solicitação de compra e terá custo estimado em torno de R$ 120 mil, no ano, pela Prefeitura de Sorocaba.

Já referente a reforma do CEI, o processo licitatório será iniciado somente após a realização de extração de gás.

No prédio do CEI há necessidade de reparação de fissuras na estrutura e a realização de trocas e retiradas de pisos na unidade escolar. O custeio será em torno de R$ 255 mil pela Prefeitura.

Além disso, a atual gestão informa que foram realizadas manutenções e regulagem dos equipamentos, como as bombas e o sistema de drenagem. Vale ressaltar que a aferição dos níveis dos gases é feita semanalmente, e que os mesmos já estão normalizados.

Remanejamento dos serviços

Com a interdição dos prédios da UBS e do CEI, os serviços prestados tiveram que ser remanejados. As consultas médicas e os exames realizados na unidade de saúde foram inicialmente transferidas para a UBS Lopes de Oliveira, na Vila Helena.

Na ocasião, o Caps Ad Saca Só, que atendia na UBS Lopes de Oliveira, foi transferido, também provisoriamente, para a UBS São Guilherme.

E com a interdição do CEI e sem aulas presenciais até então, a Secretaria da Educação informa que alocará as crianças da unidade escolar em unidades próximas, até que a reforma do prédio atual seja concluída.

Além disso, recentemente, o secretário da Educação de Sorocaba, Márcio Bortolli Carrara, determinou a suspensão temporária de funcionamento do CEI. A suspensão temporária não poderá exceder o prazo de três anos. A Secretaria da Educação, responsável pela supervisão do estabelecimento de ensino, conforme a determinação, zelará pelo cumprimento fiel das obrigações assumidas em decorrência da decisão. (Ana Cláudia Martins)