Polícia
Sorocabano encontrado morto nos EUA foi assassinado, diz irmã da vítima
De acordo com a irmã do influenciador digital, o governo americano teria entrado em contato com um membro da família para informar a nova linha de investigação
Uma nova linha de investigação foi traçada no caso da morte do influenciador digital sorocabano Anderson Sodré, de 26 anos. O jovem, famoso nas redes sociais como Ander Jackson, foi encontrado morto na última quarta-feira (4), em um apartamento na Califórnia, Estados Unidos.
Inicialmente, a suspeita era de que o sorocabano havia cometido suicídio. Porém, o governo dos EUA entrou em contato com um membro da família para comunicar que, na verdade, a morte se tratava de um homicídio, conforme conta a irmã da vítima, Noemi Gomes.
O governo norte americano também teria exigido o pagamento de R$ 50 mil para liberar o corpo do brasileiro, fora a despesa do tramite para trazê-lo de volta ao Brasil. Para conseguir arcar com os custos do translado funerário, a família do influenciador iniciou uma campanha de arrecadação por meio de uma vaquinha on-line.
Sodré morava nos Estados Unidos desde 2018 e trabalhou como motorista de aplicativo e cuidador de crianças. Ele denunciou episódios de racismo que sofreu quando viveu com uma família em Orno, cidade próxima a Minneapolis. Noemi diz não saber se o assassinato tem relação com a denúncia. “Uma pessoa mandou matar o meu irmão e a gente não sabe o porquê. O governo americano está tentando descobrir o motivo”, lamenta.
A irmã da vítima relata que, por duas vezes, o governo teria confirmado a teoria de suicídio. “Ele jamais faria isso, sempre foi uma pessoa alegre, brincalhona. Entraram em contato com a gente duas vezes. Perguntamos duas vezes se realmente tinham certeza disso e nos confirmaram! Não sabemos por que esconderam que foi assassinato”, diz.
Em nota, o Itamaraty, informou que está ciente do caso. De acordo com o ministério, o Consulado Geral do Brasil em São Francisco “está à disposição para prestar a assistência cabível aos familiares do brasileiro, respeitando-se os tratados internacionais vigentes e a legislação local”.
Segundo o Itamaraty, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. O traslado funerário de brasileiros falecidos no exterior para o Brasil é uma decisão da família. Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos público.
Anderson tinha mais de 116 mil seguidores em seu perfil no Instagram, onde compartilhava vídeos de humor e covers. Apesar dos milhares de seguidores, curtidas e comentários em suas publicações, a última postagem do brasileiro tem como data 13 de outubro de 2020.