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Na reta final da campanha, cabos eleitorais miram os indecisos

29 de Setembro de 2018 às 17:59

Faltando oito dias para as eleições, neste sábado (29) os cabos eleitorais de vários candidatos entraram em cena mais uma vez no centro de Sorocaba, principalmente na praça coronel Fernando Prestes e no cruzamento dos bulevares Braguinha e Barão do Rio Branco, locais de grande movimentação de pessoas. O alvo eram os eleitores, sobretudo os indecisos, aqueles que a essa altura ainda não decidiram em que candidatos vão votar.

Se para os cabos eleitorais o trabalho de agitar bandeiras e entregar santinhos aos eleitores não é nada fácil, para quem vai votar a vida também tem sido difícil. Enquanto a polarização dificulta a definição pelos candidatos a presidente, a quantidade de partidos e candidatos a senador, deputado federal e estadual, que são os nomes a serem escolhidos, também é um desafio adicional.

Cabos eleitorais intensificam campanhas no cruzamento dos bulevares Braguinha e Barão do Rio Branco, no Centro. Crédito da foto: Fábio Rogério

Indiferentes

Entre os eleitores também havia reações de indiferença. Muitos se relacionavam com as campanhas eleitorais como se elas fossem um mundo à parte. Ocupados nos deslocamentos pelo centro da cidade, passavam pelos cabos eleitorais como obstáculos em relação aos quais bastava desviar o caminho.

Muitos outros ignoravam as bandeiras com os nomes dos candidatos e continuavam concentrados nas ações que os atraíram ao Centro, como olhar vitrines das lojas, fazer compras ou simplesmente passear sozinhos ou com a família na manhã de sábado ensolarada.

O que acham

A auxiliar administrativo Carmell Souza, de 32 anos, acha que a movimentação dos cabos eleitorais nas ruas ajuda a definição dos candidatos em quem irá votar: “São muitos partidos, aí é que divide muito. Cada partido tem muitos candidatos, fica uma grande quantidade de candidatos para escolher.”

O vendedor de cabides Erivaldo Pereira da Silva, de 57 anos, está desconfiado dos discursos dos políticos: “Eu vou mais pela pessoa: um rouba, aí o outro não rouba mas quer entrar (na política) para roubar. Eu fico perdido.” O lavrador Jairo Ribeiro Correia, de 43 anos, alertou: “Tem que fazer análise. O mundo que nós vivemos hoje é só traição.” E o pedreiro Silvio Ferreira ficou em dúvida quando perguntado se o País vai melhorar depois das eleições. “Vai depender dos candidatos que a gente colocar lá no poder”, justificou Silvio.

Silvio Ferreira disse que já escolheu os candidatos nos quais vai votar para senador, deputado federal e deputado estadual: “Para presidente é que está complicado.” Sobre a situação de crise que afeta o País, Erivaldo não teve dúvida em criticar: “O povo é culpado disso, o povo manda. Nós temos que analisar os candidatos.”