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Mulher atingida por arma de choque entra na Justiça contra Prefeitura

06 de Novembro de 2018 às 16:59

Célia Ramos de Jesus Feitosa foi ferida no abdômen. Crédito da foto: Reprodução

A defesa de Célia Ramos de Jesus Feitosa, 43 anos, entrou com uma ação na Justiça contra a Prefeitura de Sorocaba. A indenização de danos morais decorrentes de lesões corporais foi estipulada no valor de 60 salários mínimos, equivalentes a R$ 57.240. Por meio de nota, o governo municipal informou não ter sido notificado oficialmente pela Justiça.

A ação foi conduzida pelo advogado Mauricio Vital Moreira de Souza Neto e entregue nesta terça-feira (6) ao Juizado Especial da Fazenda Pública. Célia acusa um Guarda Civil Municipal (GCM) de atingi-la com uma arma de choque na região do abdômen dentro do Pronto-Atendimento do Parque do Laranjeiras, em Sorocaba.

Célia fazia uma transmissão ao vivo, por meio do Facebook, dentro da unidade de saúde, para informar a falta de médicos. Logo em seguida, ela acabou ferida com o disparo e caiu no chão.

Segundo Célia, a recepção informou que havia quatro médicos de plantão. Porém, ela mostra no vídeo os consultórios vazios.

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Pelo vídeo, a pouco mais de 5 minutos, ela filma o momento em que o GCM pede para ela parar de filmar, mas diante da negativa dela, o GCM eleva a voz, determinando que ela desligue o celular. Porém, ela se nega e diz que é preciso mostrar o que está acontecendo para os vereadores. Sem ser obedecido, o GCM investe contra Célia, a segura pelo braço e dispara a arma de choque contra a barriga dela.

Segundos depois, a filmagem reaparece com Célia chorando, gritando de dor e mostrando onde foi atingida na barriga, afirmando que tem hérnia. Numa sequência do vídeo, o GCM aparece arrastando outro rapaz pelo tronco, pois ele tentava evitar que o GCM pegasse na mulher novamente.

Prefeitura de Sorocaba

Por meio de nota, a Prefeitura de Sorocaba lamentou o incidente envolvendo a cidadã Celia Ramos, no Pronto-Atendimento do bairro Laranjeiras, e veio a público para informar que a Corregedoria Geral do Município instaurou processo investigativo para apurar as responsabilidades. A Secretaria de Saúde entendeu que não se justificou a reclamação da cidadã, pois apenas quatro pessoas aguardavam atendimento além dela. No momento em que decidiu fazer transmissão ao vivo pela rede social denunciando a ausência de médicos, havia quatro profissionais no PA.

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