Motoristas sentem falta de onda verde nos semáforos de Sorocaba
Urbes diz que há coordenação dos semáforos em 8 avenidas, uma delas é a Dom Aguirre. Crédito da foto: Emidio Marques
Motoristas de Sorocaba reclamam da falta de sincronização dos semáforos nas principais avenidas da cidade, a chamada onda verde. Segundo dados da Urbes - Trânsito e Transportes, são 318 cruzamentos semaforizados e o que há é a coordenação de semáforos nas principais avenidas, totalizando oito: estão nas avenidas Antônio Carlos Comitre, Itavuvu, Ipanema, Dom Aguirre, Washington Luiz, General Carneiro, São Paulo e Dr. Afonso Vergueiro.
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A onda verde, que é o sincronismo entre alguns semáforos e resulta em maior fluidez do trânsito e dá mais segurança aos motoristas, é pouco percebida por eles. Os condutores afirmam que somente no período noturno é comum pegar vários semáforos abertos em avenidas como Itavuvu e Ipanema, na zona norte da cidade, ou em outras vias principais. Já nos horários de pico, os motoristas reclamam que é ainda mais difícil passar por vários semáforos e ser obrigado a parar consecutivamente.
A Urbes afirma que a coordenação de semáforos na cidade objetiva minimizar o atraso e o número de paradas das correntes de trânsito. “Em uma rede com onda verde a avenida tem a prioridade, na maioria dos casos, sendo ela o corredor. Quando um veículo ingressa em um corredor com onda verde ele pode pegar o primeiro semáforo fechado, após isso ele faz parte do corredor e consegue seguir na onda verde”, diz.
Motoristas reclamam
Anderson Cristiano da Silva, 37 anos, trabalha como motorista e trafega pela cidade praticamente todos os dias. Para ele, a sincronização dos conjuntos semafóricos, sobretudo nas principais avenidas de Sorocaba, como Dom Aguirre e Afonso Vergueiro, facilitaria bastante a vida do condutor. “Quando eu dirijo à noite tenho a sensação de que os semáforos estão sincronizados em algumas avenidas e a gente pega vários abertos, mas durante o dia isso é mais difícil”, diz.
Felipe: tempo curto de verde. Crédito da foto: Emidio Marques
Já o representante comercial, Felipe Luz, 27 anos, afirma que os semáforos têm um tempo muito pequeno quando estão abertos (verde) e mais demorado quando estão fechados (vermelho). “Nas principais avenidas se você tiver sorte ainda pega alguns semáforos abertos na sequência, mas nas ruas transversais isso fica bem mais difícil”, conta. Ele disse ainda que costuma viajar por outras cidades do interior, e que muitas também não contam com a sincronização na abertura e fechamento dos semáforos. “Quando você tem que parar a todo momento por causa dos sinais fechados, além de perder mais tempo no trânsito, é mais desgaste para o veículo, maior gasto de combustível e menos fluidez no trânsito”, destaca.
Leonardo: complica trânsito. Crédito da foto: Emidio Marques
O publicitário Leonardo Rossi, 24 anos, também reclama que constantemente encontra semáforos desligados ou travados em apenas uma cor, complicando o trânsito, sobretudo em horários de pico. “Na região da avenida Dr. Afonso Vergueiro é comum a gente se deparar com semáforos que não estão funcionando. Se possui câmeras de videomonitoramento para fiscalizar o trânsito, logo a Urbes deveria constatar os problemas nos semáforos e resolver o problema com maior rapidez, mas não é o que ocorre”, diz.
Urbes diz haver semáforos inteligentes
A Urbes informou que em Sorocaba há semáforos inteligentes que efetuam ajustes automaticamente, como no caso do cruzamento da avenida Professora Izoraida Marques Peres com a rua Carlos Eugênio de Salerno. Porém, não informou a quantidade total dos equipamentos. “Os demais são ajustados via Central Semafórica, que está localizada na rua Chile, e é operada por agentes de trânsito. Eles verificam pelas câmeras e efetuam a mudança dos tempos de semáforo. Em média são realizadas 2.800 operações/mês em tempos semafóricos visando melhorar a fluidez no trânsito”, argumenta.
Itu tem onda verde
Em Itu, a Prefeitura investiu R$ 460 mil na implantação da Central Semafórica, por meio do Programa do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. A Central Semafórica possibilita a implantação da “onda verde”: sequência de verdes entre cruzamentos próximos semaforizados. Segundo a Prefeitura de Itu, a onda verde proporcionou maior fluidez ao trânsito, principalmente nas vias com grande movimento de veículos. “A rua dos Andradas é um bom exemplo já vivenciado pelos condutores. Outro benefício direto é o transporte urbano”, diz. (Ana Cláudia Martins)
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