A Raposo Tavares e a Castelinho são as rodovias que cortam a área urbana de Sorocaba. Crédito da foto: Vinícius Fonseca

As mortes em acidentes de trânsito ocorridas em rodovias de Sorocaba apresentaram redução de 15,68% no período de janeiro a setembro de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. Segundo dados do InfosigaSP, do governo estadual, foram 113 óbitos este ano contra 134 no ano passado, ou seja, 21 vidas poupadas. As duas principais rodovias que cortam Sorocaba são a Raposo Tavares e a Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho).

Já na comparação de janeiro a setembro de 2020 com igual período de 2015, quando foi iniciada a série histórica do Programa Respeito à Vida do InfosigaSP, a redução é ainda maior: 28,03%. Foram 157 óbitos por conta de acidentes nas rodovias de Sorocaba de janeiro a setembro de 2015 contra 113 em igual período este ano.

Para o governo estadual, medidas operacionais e de engenharia contribuíram para reduzir a gravidade das ocorrências nas estradas. Para o especialista em trânsito Renato Campestrini, os números poderiam ser ainda menores porque as duas principais rodovias que cortam a cidade (Raposo e Castelinho) são duplicadas e em bom estado de conservação, além de serem administradas por concessão. “Outro fator é que este ano, em plena pandemia, os deslocamentos tiveram redução, ou seja, os números de redução de mortes poderiam ser ainda maiores”, destaca.

Conforme os dados do InfosigaSP, a maior parte dos óbitos ocorridos nas rodovias de Sorocaba é de atropelamentos (74). Em seguida estão as colisões (62), os choques (22), outros tipos de acidentes (21), entre outros. Entre as mortes e o tipo de veículo de locomoção, obviamente, os pedestres dominam (71), seguidos de motocicletas (49), automóveis (37), bicicletas (10), ônibus (9), caminhão (8), e outros (4).

Além disso, 82,45% das mortes ocorridas nas rodovias de Sorocaba foram de homens contra 13,83% de mulheres. E 46,81% eram os condutores, 37,77% pedestres e 10,11% passageiros.

Já em relação ao local de ocorrência dos óbitos 52,13% foram em hospitais e 42,55% no local dos fatos. E em relação às mortes por faixa etária 25 foram vítimas entre 18 a 24 anos; 23 (25 a 29 anos); 20 (35 a 39 anos); 19 (30 a 34 anos), e 16 (40 a 44 anos), entre outras idades.

Redução maior

De acordo com o InfosigaSP, as mortes em acidentes de trânsito nas rodovias de todo o Estado apresentaram redução de 18% de janeiro a setembro deste ano na comparação ao mesmo período do ano passado, o que representa mais de 300 vidas poupadas. Este é o menor número de óbitos nas estradas paulistas apresentado desde 2015, quando foi iniciada a série histórica do Programa Respeito à Vida, do governo estadual.

Nos 10,8 mil quilômetros de rodovias concedidas, administradas pelas 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias, sob a regulação da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), foram 775 mortes nos nove primeiros meses de 2020, diante de 946 no mesmo período de 2019.

Segundo a Artesp, a cada contrato de concessão é estabelecido no Programa de Redução de Acidentes (PRA) um pacote de ações de gestão de segurança viária, com análises, diagnósticos e propostas que possam solucionar os problemas identificados.

Diminuição semelhante

Nas rodovias paulistas administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a redução no número de mortes causadas por acidentes também apresentou redução semelhante: 18,27% na comparação do mesmo período de 2020 com 2019.

Conforme dados do DER, foram 1.351 ocorrências com mortes de janeiro a setembro, frente a 1.653, contabilizadas no mesmo período do ano passado. “Todos os esforços da Secretaria junto com Artesp e DER têm o objetivo de garantir a qualidade das rodovias, e, desta forma, melhorar a segurança da população. Por isso, além de investimentos e melhorias na infraestrutura e sinalização das estradas, também promovemos campanhas educativas permanentes para um trânsito mais seguro”, afirmou a secretária executiva da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, Priscila Ungaretti. (Ana Cláudia Martins)