Os moradores se reuniram com o diretor-geral do Saae, Ronald Pereira (ao fundo, à direita, de camiseta preta) - Foto: Fábio Rogério

Vários casos de aumento de valores da conta de água levaram na tarde desta terça-feira (26) um grupo de moradores ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para pedir solução. Há situações em que os valores cresceram duas, três, quatro vezes. Em clima de indignação, eles se reuniram com o diretor-geral do Saae, Ronald Pereira da Silva, que disse que a solução é atender caso a caso. Mesmo assim, os moradores, que se reuniram a partir de postagens no Facebook, programaram protesto contra a alta dos valores das contas de água para esta quarta-feira (27), a partir das 14h, no estacionamento em frente à Prefeitura.

A reunião ocorreu numa sala da sede do Saae e mobilizou cerca de 30 pessoas, entre moradores, Ronald e uma equipe de funcionários do Saae. Entre os moradores estava Kênia Fernanda Signorelli Bueno, de 44 anos, que tem residência no Jardim Sandra. Na casa moram seis pessoas, sendo duas crianças e quatro adultos. Neste mês a conta de água foi de R$ 441,00, contra R$ 110,00 do mês anterior. A única renda fixa da família é de Kênia, um auxílio-doença de R$ 975,00 que receberá até agosto próximo. O marido está desempregado. Os adultos fazem bicos. E ainda há a conta de luz de R$ 350,00. Kênia resumiu o drama: “‘É um desespero total, como é que a gente come? Ainda mais com crianças. Eu vivo de ajuda da família, o que posso fazer?”

A dona de casa Juliana Machado, de 34 anos, informou que a movimentação dos moradores começou em postagens nas redes sociais. Um grupo de WhatsApp foi aberto com 100 pessoas, agora tem mais de 200 e as postagens no Facebook geraram mais de 17 mil visualizações. Na reunião de ontem também havia moradores dos bairros do Éden e Júlio de Mesquita Filho.

Diretor do Saae

Em entrevista, Ronald disse que “a gente tem que fazer uma análise do consumo de cada conta. É isso que os nossos atendentes estão orientados. A gente vai procurar fazer isso da melhor maneira possível para que as pessoas tenham certeza de que o consumo está sendo cobrado de forma correta.”

Ele também explicou que, nos casos de hidrômetros novos, há uma tendência de o novo equipamento cobrar o valor da água correto, enquanto o hidrômetro antigo cobrava menos por estar obsoleto. Há dois anos o Saae começou a substituir hidrômetros.