Buscar no Cruzeiro

Buscar

Morador reclama de córrego a céu aberto na área central de Sorocaba

08 de Janeiro de 2020 às 00:01

O trecho do Supiriri entre as ruas Padre Luiz e Professor Toledo não está canalizado. No detalhe ao lado, um rato aparece na margem do córrego. Crédito da foto: Luiz Setti (7/1/2020)

Mato, sujeira, insetos e ratos compõem o cenário da porção aberta do córrego Supiriri, entre as ruas Padre Luiz e Professor Toledo, no centro de Sorocaba. É o leito antigo do córrego, com extensão de 320 metros, que ficou de fora da obra de canalização e desassoreamento realizada na década de 1970 pela Prefeitura entre a Vila São João e a foz no rio Sorocaba.

A situação fez com que o engenheiro de produção Fernando Rocha, de 29 anos, precisasse vedar todas as portas e janelas de sua casa para não receber as visitas indesejadas dos roedores e outros bichos. Há dois anos, ele se mudou para uma casa na rua Miranda Azevedo que fica ao lado do córrego e começou a ter problemas. “Tenho duas cachorras e elas sempre matam ratos aqui nas margens do córrego, o que me preocupa pelas doenças que podem nos transmitir, como a leptospirose”, conta.

Crédito da foto: Luiz Setti (7/1/2020)

Nesta terça-feira (7), a reportagem do jornal Cruzeiro do Sul foi ao local e viu que, além dos ratos correndo pelas margens e entrando nas tubulações, também há descarte de lixo e até carcaças de eletrodomésticos nos trechos próximos às ruas Padre Luiz, Miranda Azevedo e Professor Toledo. “Parece que a população do Centro produz lixo, mas não colabora com o descarte. E aí vira essa infestação”, lamenta o morador.

Outro transtorno por ali são as enchentes. Rocha aponta para a parede e mostra o nível que a água já chegou, o fazendo ter prejuízos por transbordamento. A situação, segundo ele, é agravada quando há cheia geral do córrego -- o qual corre em galeria de concreto armado a partir da rua Rio Grande do Sul até o pátio da antiga Fepasa. Um trecho entre a Vila São João e a avenida Afonso Vergueiro está recebendo obras de melhoria para aumento de vazão.

Fernando precisou vedar as portas e janelas de sua casa. Crédito da foto: Luiz Setti (7/1/2020)

Canalização

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae/Sorocaba) informou que seu departamento de drenagem já possui projeto pronto para a canalização, em seção fechada, daquele trecho do córrego que ainda corre a céu aberto. As obras, estimadas em R$ 6 milhões, aguardam disponibilidade orçamentária para serem executadas.

Crédito da foto: Luiz Setti (7/1/2020)

Enquanto as obras de canalização não têm início, o Saae afirma que mantém uma rotina mensal de manutenção, o que inclui limpeza das margens e do leito do córrego. “Porém, a exemplo do que ocorre nos demais córregos existentes na cidade, a população mantém o hábito equivocado de usar as margens e o leito como local de descarte de todo tipo de materiais, como embalagens de produtos, garrafas pet, sofás e móveis diversos e até animais mortos, que são todos recolhidos nas manutenções realizadas”, justifica a autarquia. (Eric Mantuan)

Crédito da foto: Luiz Setti (7/1/2020)

Galeria

Confira a galeria de fotos