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Ministro quer recursos para novo módulo na Antártica

21 de Outubro de 2020 às 00:01

Ministro quer recursos para novo módulo na Antártica O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Crédito da foto: Isac Nóbrega/PR (5/9/2019)

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, informa que continua buscando recursos para construir um segundo módulo científico brasileiro na Antártica, semelhante à plataforma já existente no interior do continente gelado, a chamada Criosfera 1. Consultado, o ministério informou, por meio de sua assessoria, que o projeto está orçado em US$ 450 mil, ou seja, cerca de R$ 2,52 milhões.

O módulo científico nacional Criosfera 1 foi inaugurado em janeiro de 2012. Desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a estrutura de 6,30 metros de comprimento por 2,60m de largura e 2,5m de altura está instalada a cerca de 2.500 quilômetros de distância da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, e permitiu a expansão do Programa Antártico Brasileiro (ProAntar) de pesquisas, recolhendo e transmitindo, contínua e automaticamente, dados meteorológicos e atmosféricos do continente. Pouco após entrar em operação, surgiram vozes favoráveis à construção de uma segunda plataforma.

A Criosfera 1 possui painéis solares e geradores eólicos e seu funcionamento automático dispensa a presença humana, sendo acompanhado por meio de comunicação por satélite. As informações coletadas, como as medidas de dióxido de carbono, a amostragem de particulados atmosféricos e os dados de monitoração meteorológica permitem que cientistas analisem, entre outras coisas, os efeitos das mudanças climáticas globais e da poluição sobre o continente, complementando pesquisas desenvolvidas a partir da estação Comandante Ferraz em funcionamento desde 1984 e reinaugurada em janeiro deste ano, após ter sido destruída por um incêndio, em 2012.

Pontes falou sobre a importância dos investimentos públicos em pesquisa científica. O ministro citou, como exemplos, os reflexos geopolíticos dos estudos que o Brasil realiza na Antártica e, de forma mais ampla, os resultados de estudos financiados com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

“Eu brinco muito com o ministro (da Economia) Paulo Guedes que é minha função pedir este negócio (dinheiro para custear as bolsas concedidas pelo CNPQ) o tempo todo. Que ele pode até negar, mas nunca poderá dizer que eu não falei que preciso (dos recursos)”, acrescentou. (Da Redação)