William Polis (direita) prestou depoimento na Câmara. Crédito da foto: Fábio Rogério

William Carlos Rodrigues Polis, marido da ex-assessora da Prefeitura de Sorocaba, Tatiane Polis, depôs ontem na Câmara de Sorocaba em oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI do Voluntariado. O depoimento foi um dos mais rápidos e também o mais tenso dos trabalhos realizados pela comissão.

Durante a oitiva, que durou aproximadamente 25 minutos, o empresário negou qualquer tipo de envolvimento com as empresas citadas na investigação da Câmara e na operação Casa de Papel. “Especulação fere o princípio da ampla defesa”, alegou a defesa de Polis. “Ele está sendo ouvido na condição de testemunha”, rebateu a vereadora Iara Bernardi (PT), presidente da CPI.

Houve diversos momentos de tensão durante o depoimento, como na ocasião em que Polis foi perguntado se conhecia um dos empresários citados durante a investigação, quando respondeu que o questionamento “estava fora do contexto do processo”. Em outro momento, houve a afirmação de que ele estava sendo coagido. Houve ainda momentos em que ele disse que não iria se manifestar.

Ao deixar o plenário da Câmara, William Polis não falou com a impresa. Ele alegou que tudo o que tinha para falar, disse durante a oitiva. “Ele se comportou mal, foi extremamente mal educado, estava nervoso. Não vi motivo para isso”, alegou a vereadora Iara Bernardi, presidente da Comissão. Sobre as conclusões dos trabalhos, ela não descarta convocar outras pessoas. “Se surgir fatos novos, haverá novas oitivas”, diz.

João Batista Sigilló Pellegrini, ex-diretor de área da Secretaria de Licitações e Contratos da Prefeitura (Selc) e que chegou a ser o titular da pasta, também deveria ser ouvido, mas pela segunda vez apresentou atestado médico e não compareceu. (Marcel Scinocca)