Manifestação paralisa ônibus por 2h e prejudica passageiros
Crédito da foto: Fábio Rogério (24/03/2021)
A circulação dos ônibus do transporte coletivo ficou suspensa durante cerca de duas horas, na manhã desta quarta-feira (24), em Sorocaba, por conta de uma paralisação dos trabalhadores da categoria.
Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), a manifestação ocorreu em algumas cidades do País, simultaneamente. O movimento teve a participação de motoristas e cobradores. De acordo com a CNTTL, os participantes, críticos ao governo federal, reivindicaram a implementação de lockdown, para conter a pandemia de Covid-19, a volta do auxílio emergencial de R$ 600, e a vacinação contra o coronavírus para a população.
A categoria iniciou o protesto às 10h e finalizou às 12h20. Nesse tempo, os trabalhadores interromperam as atividades e ficaram dentro dos terminais. Segundo a Urbes Trânsito e Transporte, nesse período, as bilheterias dos três terminais urbanos do município -- Santo Antônio, São Paulo e Vitória Régia -- permaneceram fechadas. Ainda conforme a empresa pública, esta foi uma medida de segurança.
Além disso, guardas civis municipais e agentes de trânsito estiveram nos terminais, para orientar os usuários.
Os passageiros foram surpreendidos pelo protesto. Muitos souberam do ato apenas quando chegaram aos terminais. Devido à paralisação, vários precisaram aguardar mais de duas horas até os ônibus voltarem a rodar. Às 11h25, a espera da dona de casa Maria Helena Ferreira Durvão Crestani, 61, já alcançava quase uma 1h30. Ela chegou ao Terminal Santo Antônio, no Centro, no início do protesto, às 10h. Maria voltava da região central, onde tinha compromissos. A passageira pegaria a linha 140 -- Vitória Régia, para voltar para casa, situada no bairro homônimo, na zona norte. “Prejudica muita gente, principalmente, quem vai trabalhar”, opinou ela sobre a manifestação.
A auxiliar de serviços gerais Edna Santiago, de 48 anos, também aguardava a volta da operação das linhas. Edna retornava de uma sessão de fisioterapia, realizada no Centro. Ela só foi informada sobre a paralisação ao chegar ao mesmo terminal. A usuária do transporte coletivo igualmente pretendia retornar para a sua residência, no Jardim Prestes de Barros, na zona leste. Para tanto, esperava a linha do eixo norte-sul do Bus Rapid Transit (BRT). Ela cogitava solicitar um carro de transporte por aplicativo, mas estava preocupada com o possível aumento no valor da corrida, em razão do protesto. “Geralmente, a corrida fica R$ 19. Mas, quando tem paralisação, sempre aumenta, e pode chegar até a R$ 30”, afirmou.
Nesta quarta (24/3), alguns trabalhadores do metrô de SP também se integraram às manifestações com as mesmas reivindicações. Alguns metroviários usaram coletes e adesivos e participaram de atos nas estações Itaquera, Vila Prudente e Jabaquara.
Votorantim
Em Votorantim, os motoristas das linhas urbanas da cidade e dos itinerários metropolitanos também paralisaram as atividades. O terminal Urbano João Souto ficou igualmente fechado por duas horas, das 10 às 12h. Após o fim do movimento, o transporte coletivo voltou a circular normalmente no município. (Vinícius Camargo)