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Manifestação para­lisa ônibus por 2h e prejudica passageiros

24 de Março de 2021 às 16:55
Vinicius Camargo [email protected]

Crédito da foto: Fábio Rogério (24/03/2021)

A circulação dos ônibus do transporte coletivo ficou sus­pensa durante cerca de duas horas, na manhã desta quar­ta-feira (24), em Sorocaba, por conta de uma paralisação dos trabalhadores da categoria.

Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), a manifestação oco­rreu em algumas cidades do País, simultaneamente. O mo­vimento teve a participação de motoristas e cobradores. De acordo com a CNTTL, os parti­cipantes, críticos ao governo federal, reivindicaram a imple­mentação de lockdown, para conter a pandemia de Covid-19, a volta do auxílio emergen­cial de R$ 600, e a vacinação contra o coronavírus para a população.

A categoria iniciou o pro­testo às 10h e finalizou às 12h20. Nesse tempo, os traba­lhadores interromperam as atividades e ficaram dentro dos terminais. Segundo a Ur­bes Trânsito e Transporte, nesse período, as bilheterias dos três terminais urbanos do município -- Santo Antônio, São Paulo e Vitória Régia -- perma­neceram fechadas. Ainda con­forme a empresa pública, esta foi uma medida de segurança.

Além disso, guardas civis mu­nicipais e agentes de trânsito estiveram nos terminais, para orientar os usuários.

Os passageiros foram sur­preendidos pelo protesto. Mui­tos souberam do ato apenas quando chegaram aos termi­nais. Devido à paralisação, vá­rios precisaram aguardar mais de duas horas até os ônibus voltarem a rodar. Às 11h25, a espera da dona de casa Maria Helena Ferreira Durvão Cres­tani, 61, já alcançava quase uma 1h30. Ela chegou ao Ter­minal Santo Antônio, no Cen­tro, no início do protesto, às 10h. Maria voltava da região central, onde tinha compro­missos. A passageira pegaria a linha 140 -- Vitória Régia, para voltar para casa, situada no bairro homônimo, na zona norte. “Prejudica muita gente, principalmente, quem vai tra­balhar”, opinou ela sobre a manifestação.

A auxiliar de serviços gerais Edna Santiago, de 48 anos, também aguardava a volta da operação das linhas. Edna re­tornava de uma sessão de fi­sioterapia, realizada no Cen­tro. Ela só foi informada sobre a paralisação ao chegar ao mesmo terminal. A usuária do transporte coletivo igualmente pretendia retornar para a sua residência, no Jardim Prestes de Barros, na zona leste. Para tanto, esperava a linha do eixo norte-sul do Bus Rapid Transit (BRT). Ela cogitava solicitar um carro de transporte por aplicativo, mas estava preocu­pada com o possível aumento no valor da corrida, em razão do protesto. “Geralmente, a co­rrida fica R$ 19. Mas, quando tem paralisação, sempre au­menta, e pode chegar até a R$ 30”, afirmou.

Nesta quarta (24/3), al­guns trabalhadores do metrô de SP também se integraram às manifestações com as mes­mas reivindicações. Alguns metroviários usaram coletes e adesivos e participaram de atos nas estações Itaquera, Vi­la Prudente e Jabaquara.

Votorantim

Em Votorantim, os moto­ristas das linhas urbanas da cidade e dos itinerários metro­politanos também paralisaram as atividades. O terminal Ur­bano João Souto ficou igual­mente fechado por duas horas, das 10 às 12h. Após o fim do movimento, o transporte cole­tivo voltou a circular normal­mente no município. (Vinícius Camargo)