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Aeronave de Sorocaba é apreendida na Paraíba com mais de 750 quilos de cocaína

09 de Dezembro de 2020 às 17:32

A aeronave transportava 752 quilos de drogas. Crédito da foto: Divulgação/PM (9/12/2020)

Atualizada às 19h17

Uma aeronave que levava 752 quilos de cocaína foi interceptada na tarde desta quarta-feira (9), na cidade de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba. A aeronave é operada por uma empresa de taxi aéreo de Sorocaba. Quatro pessoas foram presas.

De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, no momento da prisão a grupo não esboçou reação, teria afirmado apenas sobre o conteúdo da carga. O entorpecente teria sido carregado na Bahia. Entretanto, a investigação ainda busca o local exato do carregamento, se no interior ou no litoral do estado. A aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Salvador.

O material estava em caixas, ocupando boa parte da aeronave, um Embraer modelo EMB-110P1. A aeronave tem como operadora a empresa NHR Taxi Aéreo Ltda, com sede em Sorocaba. Ainda conforme a PM paraibana, os bancos da aeronave foram retirados para se caber mais material. A carga tinha nota fiscal de produtos médicos.

As substâncias estavam armazenadas em caixas. Crédito da foto: Divulgação/PM (9/12/2020)

O 12° Batalhão da Polícia Militar da Paraíba disse ainda ao Cruzeiro do Sul que foi montada uma operação em torno do caso. A situação teve início quando um dos policiais notou três veículos em atitude suspeita, perto de onde a PM local tem operações, no aeroporto da cidade de Catolé do Rocha. Em seguida, a aeronave pousou. A partir daí, foi montada a operação, por volta das 12h.A ação contou com 20 homens e cinco viaturas.

Das quatro pessoas presas, duas são do estado de São Paulo, uma de Minas Gerais e a última do estado do Rio de Janeiro. Eles têm idade entre 30 e 57 anos. Dois deles, piloto e copiloto, seriam empregados da empresa de Sorocaba.

Nas fotos publicadas pela Secretaria de Segurança Pública da Paraíba, o avião que aparece durante a interceptação tem a marca da empresa de Sorocaba. O prefixo da aeronave -- PT-SGM --- consta no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como sendo da NHR.

Empresa comenta situação

A empresa empresa NHR Táxi Aéreo divulgou nota de esclarecimento sobre o caso e se disse vítima de toda a situação. “Na data de ontem, 08 de dezembro, foi contratada para fretamento de caixas contendo (em tese) peças automotivas. Assim, estava apenas realizando serviço para qual foi contratada: transportar mercadoria, que estava acondicionada em caixas lacradas, acompanhadas de duas pessoas”, diz o documento divulgado pela empresa.

A nota continua. “Dessa forma, a empresa NHR esclarece que não tem qualquer relação com a droga encontrada no interior de sua aeronave, bem como não tinha ciência alguma de que transportava produtos ilícitos, sendo tão vítima quanto a coletividade. Toda a contratação foi feita dentro da normalidade de qualquer ato comercial, não havendo qualquer motivo para associar a empresa e seus pilotos ao ilícito praticado”, esclarece.

A empresa ainda ressalta que é “idônea” e “que atua no ramo de táxi e fretamento aéreo há mais de 20 anos, transportando cargas e pessoas”.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil da Paraíba, que não informou se as quatro pessoas continuam presas. (Marcel Scinocca/Colaborou Kally Momesso)

 

Nota da Redação: em situações como as relatadas nesta matéria, levando em consideração questões jurídicas e por ser um veículo responsável e sério, o Cruzeiro do Sul não publica, nem torna público o nome de suspeitos. Isso só pode ocorrer a partir do momento em que os personagens são indiciados, réus ou condenados.

 

Atualizada às 18h22, de 14 de dezembro de 2020, com a nota da Redação

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