Luís Santos é alvo da Comissão de Ética da Câmara de Sorocaba
Vereador Luís Santos teria se ausentado de audiência publica e deixado deputado em seu lugar. Crédito da foto: Fábio Rogério (15/02/2019)
O vereador Luis Santos (Pros) é alvo de representação na Comissão de Ética da Câmara de Sorocaba. Ele teria deixado uma audiência pública sob o comando de pessoa que não pertence aos quadros do Legislativo sorocabano. A representação foi feita na terça-feira (24), porém, a apresentação ocorreu durante a sessão ordinária desta quinta-feira (26). Oito vereadores assinam o documento.
Conforme a representação protocolada, o fato teria ocorrido na segunda-feira (23), quando foi realizada uma a audiência público intitulada “Escola sem partido”. O documento afirma que o parlamentar se ausentou do compromisso, deixando o deputado Douglas Garcia (PSL), um dos convidados, tocar os trabalhos.
Conforme o presidente da Comissão de Ética, vereador Anselmo Neto (PSDB), até hoje o fato não teria ocorrido na Casa. “Se fosse comigo, eu encerraria a audiência pública”, opina. Ainda conforme Neto, haverá uma reunião, ainda sem data, para que seja escolhido um relator para os trabalhos.
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Neto também afirmou que há um peso maior na denúncia, uma vez que ela está encabeçada por sete partidos, dos 11 que compõe a comissão. Ele também cogitou a possibilidade de mudança no Regimento Interno para evitar que a situação se repita.
Luís Santos alega que passou mal
Luís Santos alegou que passou mal e não viu problemas em deixar um deputado estadual comandando os trabalhos. O parlamentar ainda se disse perseguido. “Mais uma tentativa da esquerda de criar um fato que me desqualifica, me desmoraliza”, afirma. “Inventaram essa história que nem no regimento está”, acrescenta. O vereador disse também que passou mal e que isso não constou na representação dos colegas.
Assinaram o documento entregue à Comissão de Ética os vereadores Iara Bernardi (PT), Fernanda Garcia (Psol), Irineu de Toledo (PRB), Francisco França (PT), Wanderley Diogo (PRP), Fernando Dini (MDB), Engenheiro Martinez (PSDB) e Renan Santos (PCdoB).
As punições do código de ética da Câmara preveem quatro situações. Pode ser, por exemplo, advertência por escrito, suspensão por quinze dias e suspensão por 30 dias, sem salários. Por fim, e em casos mais graves, pode ocorrer a abertura de um processo de cassação. (Marcel Scinocca)
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