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Linha férrea é alvo do furto de peças em Sorocaba

23 de Janeiro de 2020 às 00:01

Talas de junção são furtadas: abandono de linha férrea. Crédito da foto: Luiz Feitosa / Cortesia

 

Cerca de 3 quilômetros de trilhos da linha férrea concessionada à empresa Rumo, próximo da antiga estação Lopes de Oliveira, na zona norte de Sorocaba, estão com as fixações soltas e sem as talas de junção (dispositivos que mantêm as barras de trilho unidas). A denúncia é do leitor Luiz Feitosa, que enviou as imagens ao jornal Cruzeiro do Sul.

No local existe uma via dupla, que, no passado, permitia a circulação simultânea de trens em dois sentidos. Hoje, somente uma delas é utilizada para o tráfego dos trens de carga da Rumo que transportam celulose entre Três Lagoas (MS) e porto de Santos. A outra, onde foi registrado o desmonte de fixações e talas, está abandonada desde 2016.

De acordo com a assessoria de imprensa da Rumo, “vigilantes da empresa fazem rondas constantes com o intuito de coibir atos de vandalismo ou furto, mas vale ressaltar que os seguranças não têm poder de polícia. A empresa toma as providências legais nesses casos”, garante.

Recorrente

O furto de materiais das vias férreas está se tornando prática recorrente com o abandono das ferrovias na região. Apesar de crime, o material tem valor de revenda em ferros-velhos que ainda adquirem ilegalmente esse tipo de sucata. Os estabelecimentos podem responder por receptação.

Em setembro do ano passado, três homens fugiram após tentativa de furto de trilhos no bairro São João Novo, em São Roque, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Naquele local, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Rumo Logística compartilham a responsabilidade pela via férrea.

Antes, em janeiro de 2019, dois homens foram presos na Vila Santo Antônio, em Votorantim, quando carregavam pedaços de trilho que haviam sido retirados da linha férrea de propriedade da Votorantim Cimentos. A Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima e surpreendeu os suspeitos retirando as barras metálicas que haviam sido cortados com maçarico.

Também há incidência de furto de trilhos em cidades como Botucatu, Avaré, Chavantes, Cândido Mota, Bernardino de Campos, Assis e Presidente Prudente, onde a linha da antiga Sorocabana está desativada. Os trens de carga hoje só percorrem o trecho de Bauru a Mairinque. (Da Redação)

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