A Secretaria de Educação (Sedu) ainda não tem uma previsão de entrega do benefício aos alunos. Crédito da foto: Fábio Rogério (25/8/2020)

A Prefeitura de Sorocaba estima gastar aproximadamente R$ 1,8 milhão para adquirir os 45 mil kits de alimentos não perecíveis para os alunos da rede municipal de ensino. A compra dos itens deve ser oficializada por meio de um pregão eletrônico agendado para sexta-feira (28). Contudo, a Secretaria de Educação (Sedu) ainda não tem uma previsão de entrega do benefício aos alunos.

O edital de abertura da Comissão Permanente de Licitação (CLP) foi publicado anteontem (24) no Portal da Transparência. O documento explica que a compra dos itens seguirá o esquema de menor preço por lote. Serão beneficiados, segundo a Sedu, 39.445 alunos da rede que se inscreveram para o auxílio emergencial. Sobre o prazo para a entrega dos itens aos familiares de alunos, a pasta afirmou que a data dependerá da conclusão do processo licitatório. O mesmo deve valer ao valor final pago pela municipalidade pelos produtos.

De acordo com o documento da Prefeitura, cada estudante receberá um kit contendo 2 quilos de arroz, 1 kg de farinha de trigo, 1 kg de feijão, 1 pacote de 500 gramas de macarrão parafuso, 1 sachê de molho de tomate, 4 pacotes de 200 g de leite em pó, 1 frasco de 900 ml de óleo e 1 lata de sardinha de 125 g. A compra dos kits será financiado por meio dos repasses de 10 parcelas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), recebido ao longo do ano.

O Poder Executivo explicou que as parcelas referentes aos meses de fevereiro e março já teriam sido utilizadas com a merenda escolar. Outros R$ 595.899,17 foram gastos com os kits de hortifrúti, adquiridos por meio da agricultura familiar, já para os alimentos não perecíveis a pasta estima o custo de R$ 1.802.350,00. “Desta forma, a medida em que a Prefeitura receber mais repasses do PNAE direcionará o recurso para novas aquisições, dependendo, também, da possibilidade de retorno das aulas”, declarou a pasta.

Hortifrúti

A Secretaria de Educação prevê ainda a compra de uma segunda remessa de hortifrútis para os alunos. A pasta explicou que a nova leva está programada para o próximo mês de setembro. O custo médio de cada kit foi de R$ 15,14. A entrega das frutas e legumes gerou polêmica nas redes sociais por conta de postagens de mães que teriam recebido itens estragados.

A pasta confirmou que alguns itens apresentaram problemas na qualidade das bananas e tomates. Ao todo, oito unidades escolares solicitaram à Prefeitura a troca dos produtos, ação que foi realizada pelas cooperativas contratadas pelo Executivo. “As escolas que identificaram produtos em condições inadequadas avisaram imediatamente a Sedu para que os gêneros fossem substituídos diretamente pelo agricultor”, relatou. (Wesley Gonsalves)