Foto: Emidio Marques

Nem bem chegou lá e já está acontecendo. Um fato que talvez seja inédito. O recém-eleito deputado federal, Capitão Derrite, conseguiu ontem, antes de assumir seu mandato, uma destinação de recursos vindos diretamente do Ministério da Saúde para Sorocaba. A quantia nada desprezível é de R$ 2 milhões para três hospitais: Santa Casa (R$ 1 milhão), Gpaci (R$ 500 mil) -- ofício acima, enviado ao prefeito de Sorocaba -- e mais R$ 500 mil, em forma de custeio, para Hospital Oftalmológico de Sorocaba. Com representantes eficientes assim, eleitos pela população, fica a incômoda pergunta: para que serve o cargo de lobista em Brasília?

SP terá orçamento de R$ 230 bilhões

Os deputados estaduais aprovaram o orçamento do governo paulista para o próximo ano. O valor representa aumento de 6% em comparação com a proposta orçamentária de 2018. Pelo projeto, votado na madrugada de ontem, o Estado de São Paulo terá disponível cerca de R$ 230 bilhões. O projeto prevê uma renúncia de receita em cerca de R$ 17 bilhões. Todos os 94 parlamentares tiveram aprovadas emendas impositivas para a saúde. O relator do orçamento, deputado Marco Vinholi (PSDB), explicou a necessidade de remanejar os recursos. “Está previsto um leve crescimento econômico no ano que vem, mas não será possível atender a todas as demandas do Estado. Estudamos o que cabia no planejamento e incrementamos os recursos para educação, segurança e saúde. Além disso, temos várias questões pontuais como o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).” O orçamento fiscal é composto pelas dotações dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, além do Ministério e da Defensoria públicos. O da seguridade social, pelas dos órgãos e entidades que executam ações nas áreas de saúde, previdência e assistência social. O de investimentos, pelas dotações para as empresas de economia mista em que o Estado detém a maioria do capital social. O texto final do projeto segue para sanção pelo governador Márcio França. Transformado em lei, vinculará as obrigações financeiras do Estado para o ano de 2019.

Enfermeiros deverão ter a jornada reduzida

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta semana proposta que reduz a carga horária dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem do estado para 30 horas semanais. “Essa jornada já foi implementada em diversas localidades onde houve uma drástica redução tanto de faltas, quanto de atestados médicos -- reflexo da melhora da qualidade de vida do trabalhador”, disse a autora do projeto, deputada Analice Fernandes (PSDB). A medida é válida tanto para o setor público e privado, como também para o filantrópico. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a enfermagem é a maior força de trabalho do setor de saúde, com 50% do quadro de 3,5 milhões de trabalhadores da área. “Os riscos que corre um profissional da enfermagem são inúmeros e envolvem grande complexidade do processo de trabalho em decorrência da assistência direta e indireta aos pacientes”, declarou a deputada. O projeto de lei 347/2018 foi aprovado em plenário e precisa ser sancionado pelo governador Márcio França para se tornar lei estadual.