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Hospital de campanha terá médicos de UBSs de Sorocaba

12 de Julho de 2020 às 00:01

Hospital de campanha terá médicos de UBSs Carga horária dos médicos será de 12 horas semanais, enquanto enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas terão plantões de 12 por 60 horas. Crédito da foto: Divulgação / Secom

Depois de propor três processos voluntários, a Prefeitura de Sorocaba realizou uma convocação compulsória de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e assistentes sociais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade para atuar no atendimento de pacientes infectados pela Covid-19, no hospital de campanha municipal. Os profissionais que se recusarem a integrar as equipes do enfrentamento da doença podem sofrer sanções administrativas.

Conforme explicou o secretário de Saúde (SES), Ademir Watanabe, o novo chamamento acontece em um momento de necessidade e a pedido da prefeita Jaqueline Coutinho (PSL). “Nós fizemos convites por três vezes, mas infelizmente nós recebemos o pedido da prefeita para convocá-los, porque agora é o momento de unirmos essas forças de trabalho”, avaliou.

Ao todo foram selecionados 85 profissionais que integrarão as equipes multidisciplinares do hospital de campanha. O início das atividades dos convocados será feito de maneira gradativa, conforme a necessidade de atendimento e ocupação dos leitos da unidade hospitalar.

Conforme publicado no edital de convocação, a carga horária dos médicos será de 12 horas semanais. Para enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas serão realizados plantões de 12 por 60 horas. Já no caso de assistentes sociais a carga é de seis horas diárias, totalizando 30 horas semanais.

Ainda segundo o chefe da pasta, a convocação dos profissionais não impactará no atendimento das unidades de origem. “Nós estamos fazendo todo o esforço para ter pelo menos uma equipe de acolhimento, para que a população não fique desassistida”, garantiu Watanabe.

Para a seleção, a SES utilizou como critério a ordem em que os profissionais adentraram ao serviço público. Por se tratar de uma convocação compulsória, os profissionais não têm a opção de recusar o chamamento, podendo responder administrativamente. “Se ele não aceitar, infelizmente ele vai passar por um processo administrativo, já que é uma convocação. Se é um médico, ele fez o juramento de Hipócrates. Claro que todos têm medo, mas nós temos vários profissionais atuando há três meses e nenhum desses foi contaminado”, enfatizou o secretário.

Ao fim do período de convocação no hospital de campanha, todos os profissionais serão realocados novamente em suas UBS de origem. (Wesley Gonsalves)