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Gabinetes dos vereadores gastam 23% menos em 2018

22 de Julho de 2018 às 13:40

Juntos, os 20 gabinetes dos vereadores de Sorocaba geraram uma despesa de R$ 73.149,55 no primeiro semestre de 2018. O valor é de gastos com combustível para os veículos oficiais, material de escritório, postagem de correspondências e aluguel de máquina de fotocópias (xerox).

As despesas mensais de cada gabinete estão disponíveis para consulta no site do Legislativo e não incluem outros custos como luz, telefone ou mesmo os vencimentos dos assessores parlamentares. O valor é cerca de 23% inferior ao que foi gasto nos mesmos tipos de despesas no primeiro semestre de 2017, quando somaram R$ 95.317,09.

O combustível dos veículos oficiais é o responsável pela maior parte das despesas: R$ 30.172,11. Cada gabinete tem direito a um automóvel (um Volkswagen Gol) e uma cota mensal para abastecimento. Em seguida vem o custo dos materiais de escritório (papéis, canetas, grampeadores etc), com R$ 21.453,84. A postagem de correspondências correspondeu a R$ 11.968,88 e o aluguel de máquinas de xerox custou para os gabinetes um total de R$ 10.382,26.

O gabinete que registrou a maior despesa no primeiro semestre é o do líder do governo Irineu Toledo (PRB), com R$ 9.066,71. Ao Cruzeiro do Sul, ele declarou que considera que o valor que gasta com a estrutura da Câmara é justificável pelo tipo de atendimento que optou por prestar. "Não estou jogando fora. Acabo gastando um pouco mais com correspondência para atender a população", diz o vereador.

Irineu diz que prefere encaminhar suas demandas por ofícios no lugar dos requerimentos e presta conta das atividades à população por meio de correspondências. "Nem todo mundo tem e-mail ou rede social. Somente neste ano encaminhamos mais de 500 ofícios com respostas para moradores de vários bairros", afirma. Irineu alega ainda que cortou outras despesas de seu gabinete, como o uso do telefone corporativo.

O valor mais baixo foi o de Hélio Brasileiro (MDB), que não gastou um centavo sequer neste ano com os itens elencados na prestação de contas. "Mapeei tudo o que gerava custo e passei a gerir da mesma forma que faço em meu consultório (ele é médico), prezando pela economia. Além disso, todo o material que uso no meu gabinete é comprado com o dinheiro do meu subsídio."

O vereador do MDB declara que não considera "mérito ou demérito" o custo alto ou baixo de um gabinete e classifica a opção de não utilizar dinheiro público no seu mandato como um "modo de trabalhar". "Mesmo quem teve um maior custo, não vejo como melhor ou pior do que a minha legislatura por essa questão." Hélio Brasileiro diz ainda que dispensou o uso do veículo oficial de seu gabinete, além do combustível, usando o carro próprio.