Filhotes de animais transportados pelos Correios são apreendidos em Sorocaba. Crédito da Foto: Fábio Rogério (16/7/2020)

Um homem que não teve a identidade divulgada, morador da Vila Angelica, vai responder pelo crime de maus-tratos aos animais. Ele foi identificado na manhã desta quinta-feira (16) como destinatário de uma encomenda, averiguada no Centro de Triagem dos Correios, com um filhote de iguana e outro de jabuti.

Na casa do investigado, na Vila Angélica, a Polícia Militar Ambiental encontrou várias espécies de animais silvestres, todas sem as devidas licenças. Portanto, ilegais. A perícia da Polícia Civil foi acionada para fazer a remoção dos animais e registrar a ocorrência no plantão policial da zona norte.

Sorocaba não conta com delegacia especializada em crimes ambientais, mas os militares que participaram da ocorrência acreditam que a Polícia Civil vai investigar também os responsáveis pelo endereço do remetente da encomenda apreendida. Não está descartada a existência de uma rede de tráfico de animais silvestres. A cidade de origem da encomenda não foi divulgada.

Em um embrulho

A Polícia Ambiental foi acionada na manhã desta quinta-feira após um funcionário dos Correios, já no Centro de Triagem de Sorocaba, constatar a presença de animais em um embrulho. A abertura do pacote foi feita na presença de um veterinário do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, para onde as especíes foram encaminhadas.

Em seguida, a equipe fez diligência até a casa do destinatário e encontrou uma serpente da espécie corn snake. Também foram localizados cinco saguis, uma iguana adulta, um ouriço e 23 aves, todas sem anilhas - exigidas pela licença do Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (SisPass).

Morador da Vila Angelica vai responder pelo crime de maus-tratos aos animais. Crédito da foto: Fábio Rogério (16/7/2020)

Maus-tratos

De acordo com terceiro sargento Rodrigo Aparecido da Silva Rodrigues, o dono do imóvel vai responder por maus-tratos pelos animais que estavam na encomenda. Entretanto, outro boletim de ocorrência poderá ser feito em virtude da ausência de licença ambiental das espécies localizadas na casa, bem como da eventual compra ilegal de animais silvestres.

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Segundo Silva, apesar de não ter licença dos órgãos competentes, os animais encontrados no interior da casa não estavam em más condições. Ele detalhou que, como os centros de triagens de aves da região estão fechados por conta da pandemia, o investigado continuará com as aves. Já as demais espécies serão encaminhadas ao zoológico municipal para posterior destinação. (Felipe Shikama)