Obra foi feita sem a retirada da rede de fiação. Crédito da foto: Fábio Rogério

Moradores do Jardim Tatiana, bairro localizado às margens da rodovia João Leme dos Santos, em Sorocaba, correm diariamente risco de acidentes ao utilizar a passarela localizada sobre a via em trecho duplicado, a mil metros do entroncamento com a rodovia Raposo Tavares. O problema é a proximidade dos cabos de energia elétrica e da rede de telefonia com a amurada da passarela. Os cabos estão ao alcance da mão de qualquer pessoa. “Uma criança pode se pendurar aí”, alerta o ajudante Luiz Carlos Alves Dias Filho, de 19 anos, que mora no Jardim Tatiana e usa a passarela todos os dias.

Aranita: risco de acidente. Crédito da foto: Fábio Rogério

Outros moradores não poupam críticas ao cenário de vários cabos junto à passarela, com quatro postes também muito próximos. Para a empregada doméstica Aranita de Jesus, de 38 anos, o problema é o risco de acidentes: “Tem que suspender os fios e afastar os postes.” Outro morador, José Benedito Bertolai, de 54 anos, não tem dúvida: “É perigoso, tem que levantar os fios.” E o ajudante geral Querino Perenoti Neto, de 61 anos, referindo-se aos cabos ao alcance das mãos de quem passa, também reclama: “Está errado, é perigoso.” Além disso, Querino se queixa da falta de iluminação na passarela à noite: “De manhãzinha e à noite as pessoas passam aqui no escuro.”

José Benedito: solução logo. Crédito da foto: Fábio Rogério

Os moradores do Jardim Tatiana acessam a passarela para atravessar de um lado a outro da rodovia com segurança. Os deslocamentos envolvem trabalhadores e estudantes que têm compromissos entre o bairro e regiões opostas, tendo a rodovia como marco divisório. Linhas de ônibus também embarcam e desembarcam passageiros próximos à passarela.

Luiz Carlos: perigoso. Crédito da foto: Fábio Rogério

CPFL vai ao local

As reclamações surgiram no último dia 21 quando leitores fizeram imagens do problema e enviaram à redação do jornal Cruzeiro do Sul. A CPFL foi contatada e informou que, pelas fotos, a fiação que está encostada na passarela é de rede de telefonia. Diz a nota que os cabos coloridos são de energia elétrica e como foram isolados não oferecem riscos de choque elétrico, mas, de qualquer forma, não podem mesmo ficar tão próximos da passarela.

Querino: “Está errado”. Crédito da foto: Fábio Rogério

Atendendo ao pedido dos usuários e respondendo à demanda apresentada pela reportagem, a CPFL informou que uma equipe esteve no local por volta das 23h do dia 21 e confirmou que os cabos de energia elétrica não estão oferecendo risco, pois foram isolados. A nota da concessionária informa que será programada a remoção da rede dela para afastamento da passarela.

No fim da tarde de ontem, a reportagem também acionou a Secretaria Estadual de Transportes e Logística com perguntas sobre por que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) implantou a passarela nessas condições, se não há fiscalização e se não há engenheiros para verificar os detalhes referentes à proximidade entre os fios e a passarela. Além de perguntar qual a providência que será tomada. Não houve resposta até o fechamento desta edição.