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Falta de banheiros químicos em feiras livres preocupa em Sorocaba

08 de Maio de 2020 às 00:01

Feiras livres estão sem banheiros químicos Por ser considerado um serviço essencial, as atividades não foram interrompidas. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS

A pandemia do novo coronavírus impactou na rotina das feiras livres de Sorocaba. Além das dificuldades para adquirir e comercializar os insumos utilizados no dia a dia, os feirantes vêm enfrentando outro problema relacionado à higienização das mãos e o acesso a banheiros. Por ser considerado um serviço essencial, as atividades não foram interrompidas pelo decreto municipal, mas precisaram se adequar à nova situação.

Desde 18 de agosto de 2019, as 44 feiras livres da cidade deixaram de ter à disposição as unidades de banheiros químicos, utilizados por consumidores e trabalhadores. O serviço foi interrompido por conta do fim do contrato firmado pela Prefeitura com a empresa responsável pela locação.

Sem as cabines à disposição, os feirantes contavam com boa vontade de outros estabelecimentos comerciais e até de moradores dos bairros por onde passam, contudo, a pandemia trouxe um novo desafio: o medo de contaminação pela Covid-19.

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A representante da Associação dos Feirantes de Sorocaba, Anali Guarini Lanzieri, explica que a falta do serviço de higiene tem um impacto ainda maior durante a pandemia. “Antes a gente pedia para usar nos comércios, mas como a maior parte deles está fechada fica difícil. Outra opção era pedir para ir na casa de algum vizinho da feira, mas como eles geralmente são pessoas do grupo de risco da doença por serem idosos, a gente acaba evitando com medo de contaminá-los”, conta. “Em locais sem um mercado próximo, a gente evita até tomar água para não sentir vontade”, complementa.

Segundo informou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur), o processo de contratação dos serviços de fornecimento dos banheiros químicos está em fase de elaboração de edital. “A Sedettur aguarda os trâmites de licitação. Se tudo ocorrer dentro do previsto, e sem intercorrências, o retorno deve acontecer em 6 meses”, disse a pasta.

Antes de serem retirados dos pontos comerciais, os banheiros químicos também contavam com dispositivos de álcool em gel para higienização das mãos. O Poder Executivo informou que a disponibilização do produto antisséptico às feiras livres ocorrerá nos próximos dias.

Prevenção

De acordo com o Sindicato dos Feirantes e Vendedores Ambulantes de Sorocaba e Região (SFVASR), todos os comerciantes receberam orientações de higienização e prevenção à Covid-19. Os trabalhadores foram orientados a utilizar máscaras de proteção e disponibilizar frascos com álcool em gel para funcionários e clientes. “Nós estamos tomando todos os cuidados necessários. Em caso de pessoas do grupo de risco, nós pedimos aos feirantes que evitem ir trabalhar. Todas as barracas estão redobrando a limpeza dos produtos” garante o presidente do sindicato Ariovaldo Padilha.

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Delivery

Para atender a população que optou por aderir ao isolamento social como forma de prevenção à doença, a Associação de Feirantes desenvolveu o sistema de entrega de produtos por meio de motofretistas. O serviço está disponível em todas as 44 feiras da cidade. Anali explica que a iniciativa ajuda a manter o atendimento a consumidores de grupo de risco como os idosos. “Com o delivery a gente atende principalmente os idosos que não podem ir até o comércio, é bom para o comerciante e para o consumidor”, destaca a representante. (Wesley Gonsalves)