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Falta de água gera polêmica em Araçoiaba da Serra

02 de Novembro de 2019 às 09:33
Marcel Scinocca [email protected]

O vereador Valter Lattanzio, atualmente presidente da Câmara de Araçoiaba da Serra. Foto: Aldo V. Silva / Arquivo JCS

A falta de água em Araçoiaba da Serra gerou mais uma polêmica na cidade nesta semana. Desta vez, envolvendo o presidente da Câmara, Valter Lattanzio (PTB). Se referindo ao problema, o parlamentar afirmou durante a sessão ordinária de segunda-feira (28) que a culpa é da população.

“Esse negócio da água não vai resolver. Estamos em nove vereadores aqui e não vamos resolver nada. Vai ficar sem água novembro, dezembro, janeiro e fevereiro”, disse. Na sequência, ele completou: “Sabe por que? Por que isso que está acontecendo é culpa da população. Pega e vai construindo, construindo. Pica terreno e constrói, constrói, constrói. E depois, o poder público tem que chegar com água, chegar com coleta, com iluminação pública. Não adianta cobrar do poder público”. lembra.

Ontem, após a repercussão, Lattanzio amenizou. “Infelizmente as pessoas distorcem as coisas. Quando falo população não quis dizer toda a população de Araçoiaba e sim quem contribui com essas irregularidades. Infelizmente a ci

dade não consegue crescer ordenadamente se isso continuar”, diz

Questionada sobre a falta de água na cidade, a empresa Águas de Araçoiaba afirmou ontem que em razão da estiagem prolongada e da baixa vazão do rio Pirapora, “vem efetuando manobras técnicas de redirecionamento para manter o volume de água tratada e distribuída do município”. A concessionária afirmou ainda que perfurou mais dois poços profundos e está estudando outras fontes de captação, além do rio Pirapora.

Já o prefeito da cidade, Dirlei Salas Ortega (PV) afirmou ontem que o maior problema da cidade é a falta de reservatórios. “Esta semana o prefeito e a empresa se reunirão com o promotor Orlando Bastos, para se fazer um TAC e consequentemente, tentar resolver o problema de vez”, acrescenta.

Por fim, Salas afirmou que há mais de 80 loteamentos ou parcelamentos clandestinos ou irregulares. A Prefeitura já teria entrado com cerca de 20 ações civis públicas contra os infratores.

Enquanto isso, quem tem propriedade na cidade reclama da situação. “Ficamos sem água quatro, seis vezes por semana”, diz o empresário Carlos Lamarca, que tem propriedade no local ha seis anos. “E as contas vem absurdamente caras”, afirma. (Marcel Scinocca)