O ex-prefeito de Iperó, Marco Antônio Vieira de Campos, que ocupou o cargo de chefe do Executivo pelo PSDB, foi condenado em segunda instância a 8 anos e 4 meses de prisão, em regime semiaberto. A acusação é de improbidade administrativa e envolve contratos com escritório de advocacia.

O acórdão da decisão da 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) foi publicada na terça-feira (18). Cabe recurso. Denunciados pelo Mistério Público, o caso leva em consideração a contratação de assessoria jurídica sem licitação, entre os anos 2009 e 2010, e pagamentos considerados ilegais de R$ 863,5 mil feitos pelo município à empresa Castelucci Figueiredo e Advogados Associados. Os bens do ex-prefeito já foram bloqueados pela Justiça, em 2015.

A ação penal já condenou em setembro de 2016 o ex-prefeito Marco de Campos, como responsável pelo processo licitatório, Samyra Pimenta Pereira Franklin e Alécio Castellucci Figueiredo à reclusão em 8 de anos de prisão em regime semiaberto. Samyra faleceu logo após a condenação.

No decorrer do processo, Vanderlei Polizeli (PSB), atual prefeito de Iperó e vice-prefeito à época dos fatos, alegou que não teve conhecimento dos motivos da contratação do escritório e que teve que fazer acordo, em 2013, para parcelar as dívidas com a Receita Federal, quando o valor era de R$ 7 milhões. Alécio Castellucci Figueiredo não foi localizado para comentar o caso. O ex-prefeito Marco Antonio Vieira de Campos disse que não iria se manifestar. (Marcel Scinocca)