Ex-deputado foi entrevistado na rádio Cruzeiro FM 92,3. Crédito da foto: Emidio Marques (6/2/2020)

O ex-vereador e ex-deputado estadual Raul Marcelo (Psol) foi o entrevistado do Jornal da Cruzeiro, da Cruzeiro FM 92,3, na manhã desta quinta-feira (6). Ele falou sobre sua pré-candidatura a prefeito de Sorocaba e a coligação com o PT, que indicou Paulo João Estausia (PT), como pré-candidato a vice para as eleições municipais 2020.

Raul Marcelo disputou a Prefeitura de Sorocaba por três vezes, sendo que na última foi para o segundo turno, perdendo para José Crespo (DEM). Ele também destacou conversas com outros partidos como PDT e PCdoB. “Eu quero ter esses partidos, e outros também, porque na última eleição eu estava sozinho. E fazer uma campanha sozinho é difícil. Desta vez eu estou partindo do pressuposto que nós precisamos ter mais gente ajudando no processo para fazer uma frente progressista e mais popular democrática, esse é o projeto”, disse.

Raul Marcelo destacou que espera contribuir com o debate político em Sorocaba neste ano e apontou alguns desafios para a cidade como para a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). “É uma pré-candidatura ainda e uma pré-campanha e estamos ainda no momento de formulações das questões”, afirma.

Ele disse também que pretende fazer um diagnóstico dos principais problemas da cidade e apresentar soluções concretas para mudar a realidade da população sorocabana.

Sobre a derrota na última eleição municipal para Crespo, Raul disse que foi um “aprendizado grande”, mas que ele não imaginava que o então prefeito iria passar por dois processos de cassação pela Câmara Municipal. Ele disse ainda que a corrida eleitoral foi marcada por fake news na cidade. “Nós tivemos um desfile de promessas e fake news disseminadas na cidade, falando que eu ia fazer aborto em posto de saúde, e que eu ia distribuir drogas nas escolas, mas sou contra o aborto e sempre fui ligado ao esporte”, disse.

Nos últimos anos, após as eleições municipais, Raul afirma que seguiu no seu mandato de deputado por mais dois anos até o término, e depois continuou com suas atividades profissionais em seu escritório de advocacia. “Eu segui estudando e trabalhando, sobretudo estudos da economia regional, pois eu estou muito interessado nessa questão da RMS”, afirma.

O ex-parlamentar destaca a importância da consolidação da RMS cujo PIB das 27 cidades, segundo ele, é de R$ 77 bilhões. “Se for comparar é maior do que os PIBs de alguns países, como o do Uruguai. A RMS está se consolidando e temos desafios macrorregionais, como a questão do lixo e descarte de resíduos, a questão ambiental com as áreas de preservação, a sustentabilidade da água, a represa de Itupararanga, que também é um problema regional, então precisamos consolidar tudo isso”, aponta. (Da Redação)