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Estado espera redução de mortes e internações por conta do coronavírus

03 de Junho de 2020 às 00:03
Ana Claudia Martins [email protected]

Entrevista coletiva foi realizada nesta terça-feira (2), no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo. Crédito da foto: Divulgação / Gesp (2/6/2020)

Apesar dos 6.999 novos casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) e do registro de 327 novos óbitos pela doença entre segunda-feira (1º) e esta terça-feira (2), o Governo do Estado acredita que o número de mortes e de internações por conta da pandemia possa começar a desacelerar nas próximas semanas. Os dados foram atualizados no início da tarde desta terça-feira (2), durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, comandada pelo secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, e o coordenador do Centro de Contingência de Coronavírus, Carlos Carvalho.

O Estado contabiliza, desde o início da pandemia, 118.295 casos confirmados e 7.994 óbitos. O crescimento de mortes, de 4,2%, é recorde na semana. A taxa de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado é de 73,5%. Na Região Metropolitana de São Paulo, 83,5% estão ocupados.

Durante a coletiva, o governo estadual disse que os números de casos confirmados da doença devem continuar aumentando, principalmente por conta do aumento da testagem. “Vamos testar pessoas que não têm sintomas claros, mas que tiveram contato com quem teve Covid-19. Esses pacientes não vão precisar ser internados. O que comanda a internação é o quadro clínico”, afirma Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência de Coronavírus.

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Já a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, que também participou da coletiva, disse que apesar do aumento do número de casos isso não significa necessidade de rever o protocolo adotado pelo governo. Segundo ela, as decisões são tomadas com base em um período longo de análise e afirmou que não haverá hesitação em retroceder a flexibilização caso ocorra um aumento de internações e mortes de Covid-19. “Este governo não tem medo de retroceder. Nós não passamos esses dois meses no sacrifício que nós fizemos para colocar tudo a perder”, disse.

Patricia destacou, ainda, que o cenário de melhora no enfrentamento da pandemia depende da manutenção do esforço da população. “As pessoas têm que continuar aderindo ao isolamento social e usando máscaras. Deixar de seguir estas recomendações pode levar ao fim da flexibilização da quarentena, como está previsto no Plano São Paulo”, disse.

Ela também comentou sobre as projeções para os próximos dias. “A expectativa é que o crescimento de óbitos desacelere, que o crescimento de internações desacelere e, ainda, que o crescimento de casos confirmados cresça um pouco nas próximas semanas, porque a nossa expectativa é que nas próximas semanas aumente o número de testes.”

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Flexibilização

Na quarta-feira da semana passada, o governo estadual anunciou a flexibilização da quarentena, por intermédio do Plano São Paulo. Já nesta quarta (3), o governador João Doria, durante a coletiva no Palácio dos Bandeirantes, que ocorre diariamente, deverá fazer um balanço da primeira semana da flexibilização, além de explicar sobre os pedidos das cidades paulistas para reclassificação de fase na reabertura no Plano São Paulo.

É o caso, por exemplo, de Sorocaba. A prefeita Jaqueline Coutinho protocolou na última sexta-feira (29), junto ao Palácio dos Bandeirantes, um ofício solicitando o avanço da cidade à fase 3 do plano de flexibilização das atividades econômicas. No mesmo documento também é pedida a revisão e avaliação dos dados da cidade apresentados seguindo os critérios epidemiológicos do decreto estadual. (Ana Cláudia Martins)

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