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Sesi Sorocaba retoma as atividades normalmente nesta terça (19)

18 de Março de 2019 às 00:58

O grupo de cerca de 15 pais e mães se reuniu na frente da unidade na manhã de segunda-feira (18). Foto: Emídio Marques (18/03/2019)

O Sesi de Sorocaba emitiu no final da tarde desta segunda-feira (18) comunicado aos pais, professores e funcionários de que as aulas e atividades serão retomadas nesta terça-feira (19) normalmente, depois de suspendê-las nesta segunda em virtude das ameaças de ataque contra alunos, professores e funcionários da unidade.

As ameaças recebidas por meio das redes sociais por parte de um aluno da escola foram encaminhadas oficialmente à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que está apurando os fatos e, nesta segunda-feira (18), concedeu entrevista aos jornalistas para falar sobre o caso.

De acordo com o Sesi, o envolvido está afastado da escola por tempo indeterminado. No comunicado, a unidade informa, ainda, que os assuntos referentes à vida escolar serão tratados diretamente com as famílias.

Mensagens preocupam pais e alunos

Quem tem filhos matriculados no Sesi esteve apreensivo com as ameaças feitas nas redes sociais durante o final de semana. Na manhã de segunda-feira (18), com as aulas suspensas, um grupo de aproximadamente 15 pais e mães esteve reunido na frente da instituição buscando respostas sobre o caso.

Enquanto as pessoas aguardavam na porta da escola, a direção estava reunida no interior da unidade com funcionários e policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Por meio de nota, o Sesi informou que as aulas serão retomadas hoje e que o envolvido na publicação de uma das mensagens foi afastado da escola por tempo indeterminado. O comunicado informa ainda que todas as ameaças recebidas foram encaminhadas à DIG.

Outros pais se dirigiram até a sede da DIG, no Jardim Astro. Os pais e mães afirmam que mais de um aluno está envolvido com as ameaças e esperam a expulsão desses estudantes.

A mãe de uma menina de oito anos matriculada na escola disse que os últimos dias estão sendo de temor. “A gente não sabe o que se passa dentro da casa de cada um. O que se passa na cabeça dessas crianças e eles podem se sentir estimulados com o que houve em Suzano. Querendo chamar atenção e por isso criam essa situação”, disse a mãe, que desde sexta-feira afirma ter feito rondas constantes nas redes sociais em busca de qualquer informação relacionada ao Sesi.

Ela estava no grupo que aguardava por informações em frente à escola e ouviu de sua filha que estava com medo de morrer. A mãe, que tem 51 anos, rapidamente pediu para que a filha se tranquilizasse.

Com as mãos trêmulas, outra mãe, de 32 anos, contou que desde que ficou sabendo das ameaças ocorridas não consegue dormir. Ela é mãe de um adolescente de 16 anos que já na sexta-feira passada não quis ir ao colégio por medo. “Depois da tragédia de Suzano ele contou que começou um falatório na escola, já na quinta-feira, e contou que estava com medo. Depois vieram essas postagens e a gente não sabe o que fazer”, contou.

Os pais também se queixam da falta de segurança na unidade escolar, que tem ao menos quatro entradas. Segundo uma terceira mãe, de 47 anos, todas os acessos ficam abertos. “Independente de ameaça ou não, queremos que eles tenham essa segurança dentro da escola”, disse.

Segundo ela, que tem uma filha de 11 anos estudando na escola, o medo é que pessoas também sem vínculo com a unidade consigam entrar ou até mesmo um aluno armado passe despercebido.

Algumas mães alegam que a escola demorou a passar informações oficiais sobre o caso. “Não sabemos se era um aluno ou um grupo. Não sabemos quando a aula será retomada e só ficamos sabendo das coisas pelas redes sociais e Whatsapp”, informou outra mulher, 35 anos, mãe de um menino matriculado na 7ª série.  (Da Redação, com informações de Larissa Pessoa)