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Entidades desenvolvem ações para combater o trabalho infantil

23 de Agosto de 2018 às 07:12
Ana Claudia Martins [email protected]

Entidades desenvolvem ações para combater o trabalho infantil Entidades querem evitar a presença de crianças vendendo produtos em semáforos. Crédito da foto: Fábio Rogério

O Lar Escola Monteiro Lobato e a Secretaria de Igualdade e Assistência Social (Sias), da Prefeitura de Sorocaba, promovem ações para prevenir e combater o trabalho infantil na cidade. Por meio do Projeto Renovar, que foi aprovado pelo Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad), o Lar Escola Monteiro Lobato realiza todo mês uma palestra com temas sobre prevenção ao trabalho infantil, drogas e evasão escolar, chamado de “Papo Aberto”.

No próximo sábado (25), mais um evento, com o tema “Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil” será realizado no local, às 9h, voltado para os pais das crianças atendidas e também para o público em geral. Segundo o presidente do Lar Escola Monteiro Lobato, José Murilo Marinho Mauad, as palestras são mensais e ocorrem sempre no último sábado do mês.

O coordenador do Projeto Renovar, Ricardo Campos, informa que o Monteiro Lobato atende atualmente cerca de 160 crianças, na faixa etária de 6 a 12 anos, no contraturno à escola. “Nós temos profissionais como psicóloga, assistente social e pedagoga, além de oficineiros, que oferecem atividades de complementação escolar, aulas de judô e dança, e outros tipos de atendimentos”.

Já a Sias possui um serviço de abordagem social para atender as denúncias de trabalho infantil na cidade e dar os encaminhamentos adequados por meio da rede de proteção às crianças e adolescentes, e também para suas famílias. De acordo com a coordenadora da Criança, Adolescente e Jovem na Sias, Angélica Lacerda Cardoso, as denúncias podem ser feitas pelo telefone do SOS 3229-0777, de segunda à sexta, das 6h às 22h, ou ainda para o celular 99841-6285, e para o Disque 100. “Além disso, as famílias das crianças e adolescentes são identificadas e encaminhadas para os serviços oferecidos pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS)”.

Segundo Angélica, nos casos onde há violação de direitos as famílias são direcionadas para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), e as crianças e adolescentes para serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, por meio das entidades assistenciais da cidade, através de uma parceria com a Sias e a Prefeitura de Sorocaba. “Atualmente temos 17 projetos que são desenvolvidos em parceria com essas entidades, no contraturno escolar, para atender crianças e adolescentes, inclusive na prevenção e no combate ao trabalho infantil”, destaca a coordenadora.

Entidades desenvolvem ações para combater o trabalho infantil Da esquerda para a direita, Angélica Lacerda Cardoso, José Murilo Marinho Mauad, Hana Laura Lima, Ricardo Campos e Érika Ariadine Pires: união de forças contra o trabalho infantil. Crédito da foto: Fábio Rogério

Secretaria prepara campanha

A Secretaria de Igualdade e Assistência Social (Sias) prepara uma campanha de conscientização da população chamada “Diga Não ao Trabalho Infantil, e Sim a Oportunidade”, que começa nos próximos dias e ocorrerá sempre na última semana de cada mês. “As pessoas precisam entender que comprar doces, balas, chocolates e outros produtos de crianças e adolescentes nos semáforos só traz malefícios e compromete o futuro deles”, aponta Angélica.

Ela destaca ainda que a maneira correta de ajudar as crianças e adolescentes que estão em situação de trabalho infantil e vulnerabilidade social é doar o dinheiro diretamente para as entidades ou ainda fazer a destinação anual por meio da declaração do imposto de renda da pessoa física ao Fumcad. “Não compre e não dê dinheiro nos semáforos. Vá até uma entidade social cadastrada na Sias, conheça o trabalho e faça sua doação. Assim a pessoa que quer ajudar estará realmente ajudando a combater o trabalho infantil e outras mazelas sociais”.

O presidente do Lar Escola Monteiro Lobato, José Murilo Marinho Mauad, também reforça que se  mais pessoas fizessem doações financeiras diretamente para as entidades ou por meio do imposto de renda, as instituições teriam capacidade para atender mais crianças e adolescentes carentes, além de suas famílias. “Hoje atendemos cerca de 160, mas esse número poderia ser maior se as pessoas fizessem doações de forma correta e não em semáforos comprando doces e balas”, aponta.

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