No Monteiro Lobato há o Projeto Renovar, que é prejudicado com os furtos. Crédito da foto: Divulgação

Entidades e ongs de Sorocaba têm sido furtadas frequentemente. Na semana passada, por três vezes, o Lar Escola Monteiro Lobato, que fica no Jardim Itanguá, foi alvo de furtos de fios. Já a Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba (Amas) foi furtada quatro vezes em 49 dias. Baterias de veículos foram levadas. A Polícia Militar informou que intensificará o policiamento.

O presidente do Lar Escola Monteiro Lobato, José Murilo Marinho Mauad, conta que “o furto dos fios ocorreram na quarta (22), na quinta (23) e no sábado (25). Foi registrado boletim de ocorrência e acredito que seria necessário mais rondas da Polícia Militar pela região”, diz.

A entidade atende 170 crianças, de 6 a 12 anos, de Sorocaba e Votorantim, por meio do Projeto Renovar, com atividades pedagógicas e culturais no contraturno escolar. Além disso, 20 jovens, de 12 a 18 anos, participam de um projeto de iniciação de programação de computadores.

Ele afirma que o local foi alvo de furtos outras vezes, além das três ocorrências da semana passada. Segundo José Murilo, há cerca de três meses entraram no salão e levaram uma escada. “Temos alarme e outras medidas de segurança, mas como o local é muito grande, acredito que teremos que investir em mais câmeras. Porém, isso representa custo para a entidade, e o valor poderia ser revertido para os projetos que atendem as crianças e adolescentes”, aponta.

Disse ainda que há dois anos a entidade também passou por uma situação de furto e até um buraco no muro foi feito pelos assaltantes. “Há uma área de mata grande próxima à entidade, que serve de esconderijo para os assaltantes. Então, é necessário mais policiamento na região dos bairros do Jardim Tatiana e Novo Mundo”, destaca.

É possível contribuir com doações para a entidade por meio do telefone (15) 3221-4970.

Furtos na Amas

A Associação Amigos dos Autistas foi furtada quatro vezes em 49 dias, no Jardim Vera Cruz, em Sorocaba. Os alvos dos ladrões foram ventiladores industriais e baterias de veículos, o que inviabiliza até a troca atendimentos com o uso de carros.

O caso mais recente foi registrado nesta terça-feira (28). As baterias de duas vans, usadas no transporte de pacientes, foram furtadas. Os veículos estavam estacionados dentro da entidade e quando funcionários chegaram para trabalhar encontraram os vidros dos veículos quebrados.

A diretora da Amas, Jeane Collaço, disse que os ladrões entraram pela parte de trás da ong, localizada em área verde. O alambrado, usado para proteção, foi quebrado.

Segundo Jeane, este é o quarto furto em menos de dois meses. O primeiro caso aconteceu em 10 de dezembro de 2019. “Três dias antes da nossa comemoração de Natal”, explica. Na ocasião, os suspeitos furtaram quatro ventiladores industriais.

O segundo furto foi em 14 de janeiro. A bateria de um veículo, usado para o transporte de doações, foi furtada. Dois dias depois, a bateria de uma Kombi foi levada pelos ladrões. Jeane comenta que só não foi registrado boletim de ocorrência no primeiro caso.

A Amas atende mais de 140 pessoas e proporciona diagnóstico, tratamento e assistência para pessoas que apresentam a síndrome do autismo. É possível contribuir com doações para a entidade por meio do telefone (15) 3222-4646.

Policiamento

Questionada sobre os furtos, a Polícia Militar afirma que, em consulta aos bancos de dados disponíveis, no último trimestre não foi identificado registro de ocorrência de furtos em ongs e entidades assistenciais nos bairros Jardim Vera Cruz, Jardim Novo Mundo e Jardim Tatiana.

“Porém, diante das informações trazidas, o local será incluído no cartão de prioridade de policiamento com foco nos problemas afetos à segurança pública. A Polícia Militar esclarece que realiza o planejamento de suas ações por meio de ferramentas inteligentes, direcionando o policiamento preventivo para as áreas de maior incidência de delitos.

A população sempre pode contribuir com o trabalho da Polícia Militar, realizando denúncias pelos telefones 190 e 181, registrando os delitos ocorridos para subsidiar o planejamento operacional”, diz. (Ana Cláudia Martins)