Marca, fabricada pela Puma Automóveis S.A, nasceu com o nome de Lumimari, inspirada nas iniciais dos seus quatro idealizadores. Crédito da foto: Fábio Rogério

Sorocaba sedia desde quinta-feira e até este domingo (17), para o público apreciar, o 15º Encontro Nacional de Pumas. Evento que reúne apaixonados pela marca entre colecionadores brasileiros. Há também, entre os participantes, colecionadores da Alemanha, Áustria e Holanda.

Cerca de 250 Pumas de diferentes épocas, designers e cores estão expostos como atrações para quem curte as máquinas automotivas cheias de histórias e relações afetivas com seus donos. O evento é realizado no Lar Escola Monteiro Lobato. Neste domingo (17), o evento será aberto a partir das 10h.

O aposentado Tarso Romero, de 59 anos, e o filho Romero Fonseca, de 18 anos, vieram de Vitória (ES) com o Puma da família, oportunidade para curtirem juntos o carro, a estrada e a paisagem de várias regiões do Sudeste brasileiro.

Assim como apaixonados por Fuscas recordam sempre o primeiro carro da marca, pumeiros habitualmente também seguem esse registro histórico de convivência com o carro.

Tarso, por exemplo, lembra que teve o seu primeiro Puma em 1998. “Na década de 1980 a gente não conseguia comprar o carro, era caro, e com o tempo a gente teve condições de comprar.

Apesar de antigo é um carro com designer atual, pela beleza estética.” O filho, Romero, explica assim o gosto pelo carro: “Puxei o pai, desde pequeno com o Puma em casa.”

Tarso Romero e o filho Romero Fonseca vieram do Espírito Santo com o carro da família. Crédito da foto: Fábio Rogério

O diretor comercial da nova fábrica da marca, a Puma Automóveis, Antonio Carlos Hernandez, o Toninho do Puma, de 71 anos, comprou o seu primeiro Puma em 1974.

Ele recorda que naquela época esse veículo, fabricado com tecnologia nacional, exercia atração por ter qualidade e ser esportivo. Importar um carro com essas características era muito caro.

Disse que atualmente, no universo de concorrência acirrada do setor automotivo, o Puma “tem muito mercado” e a sua fábrica contabiliza uma lista de espera de 200 carros. Carros novos como o P052 e P054, expostos no evento, custam R$ 200 mil.

Toninho do Puma. Crédito da foto: Fábio Rogério

O presidente do Puma Clube Sorocaba, Roberto Hackmann, de 54 anos, recorda que nas décadas de 1970 e 1980, como não havia a importação no setor, o Puma era visto nas ruas com o mesmo poder de atração que têm atualmente carros como o Porche e o Alfa Romeo: “Tanto que era um sonho de muita gente ter um carro desse.

Muitos só conseguiram comprar esse carro depois de atingir certa idade.” Hackmann mostrou entre os destaques um Puma prata ano 1969 vermelho, modelo mais próximo do Puma original, e o Puma DKW: “Se não é a unidade mais rara, é quase a mais rara.”

Roberto Hackmann. Crédito da foto: Fábio Rogério

A marca, com fabricação pela Puma Automóveis S.A, nasceu com o nome de Lumimari, inspirada nas iniciais dos seus quatro idealizadores: Luiz Roberto Costa, Milton Masteguim, Marinho César (ex-piloto) e Rino Malzoni.

A viúva de Luiz Roberto, Mariza Gasparini Costa, de 86 anos, estava ontem no evento. “Eu adoro Puma”, ela disse, contando histórias sobre a origem da marca que reuniu os quatro sócios. “A gente tem muita história para contar sobre o Puma”, comemorou Hackmann. (Carlos Araújo)