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Emprego tem saldo positivo em Sorocaba

02 de Outubro de 2020 às 00:01

Emprego tem saldo positivo em Sorocaba Indústria e construção civil ajudaram a puxar o indicador, gerando saldo positivo de 132 e 110, respectivamente. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (27/8/2020)

Pelo segundo mês consecutivo, o mercado de trabalho formal em Sorocaba registrou mais contratações do que demissões, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quarta-feira (30) pelo Ministério da Economia.

Os números mais recentes referentes a agosto apontam 6.720 admissões e 5.801 demissões no mês, gerando um saldo de 919, o que corresponde a 28,8% a mais que o saldo de 714 vagas geradas em julho.

Apesar de estar bem aquém do número de desligamentos registrados nos meses de março (-1.593), abril (-5.128) e maio (-2.281), devido à crise provocada pelo desaquecimento da economia em função da pandemia do novo coronavírus, este saldo positivo aponta uma tendência de recuperação do emprego formal na cidade.

Economista e professor universitário, Glauco Freire da Silva afirma que o segundo mês consecutivo de saldo positivo de empregos na cidade indica um ponto de inflexão em direção à geração de empregos resultante da retomada gradual da atividade econômica. “É preciso observar os próximos meses para verificar se é uma tendência ou um ponto fora da curva, mas com a efetiva volta da atividade econômica, é natural que movimento de admissões maior do que o de demissões persista até o final do ano”, comenta.

Já a velocidade desta recuperação, pondera, depende de uma série de variáveis ainda incertas ligadas à pandemia, como as mudanças de fase para a reabertura das atividades econômicas e até mesmo uma eventual vacina. “Eu sou otimista e a minha expectativa é que a gente consiga finalizar o ano com estabilidade, isto é, bem próximo da recuperação dos 5.800 postos que fechados entre os meses de maio e junho”, assinala.

Vale destacar que em agosto do ano passado, ao contrário da média nacional, Sorocaba teve saldo negativo do Caged, quando houve perda de 614 vagas, após desempenho positivo em julho. O setor de serviços foi o responsável pelo maior aumento nominal de admissões: 3.606 ante 3.074 desligamentos, resultando num saldo de 532 empregos com carteira assinada. Silva comenta que o setor de serviços, que no Brasil é responsável por cerca de 50% do PIB, foi o mais afetado nos primeiros meses da pandemia e os números são resultado de um início de recuperação, já que no acumulado do ano o segmento registra saldo negativo de 2.011 empregos.

Em segundo lugar, aparece o comércio, com 1.504 admissões e 1.392 demissões e saldo de 142. A indústria e a construção civil também ajudaram a puxar o indicador, gerando saldo de 132 e 110, respectivamente. “Começamos a enxergar luz no fim do túnel e ter ainda mais esperança de que, aos poucos, a nossa economia voltará a registrar saldos cada vez mais positivos. Ao que tudo indica, o pior da crise, referente à pandemia, parece estar passando e a oferta de empregos pode ser a nova tônica do mercado”, afirma Sérgio Reze, presidente da Associação Comercial de Sorocaba (Acso). (Felipe Shikama)