Checagem de nomes inscritos e aferição de temperatura foram alguns protocolos adotados. Crédito da foto: Fábio Rogério (12/10/20)

Checagem dos nomes dos fiéis previamente inscritos no portão, seguida de higienização das mãos com álcool gel e aferição de temperatura antes de se dirigir aos bancos, respeitando o distanciamento social indicado por fitas adesivas.

Assim foi a rotina da série de missas solenes em celebração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, neste dia 12 de outubro, na Paróquia do santuário dedicada à Padroeira do Brasil, no bairro de Aparecidinha.

Os protocolos sanitários adotados pela pandemia do novo coronavírus fizeram com que o templo religioso acolhesse cerca de metade do público tradicionalmente esperado para a data, segundo Lázaro Aparecido da Silva, voluntário da paróquia. “Mas nesse momento difícil pelo qual a gente está passando a fé até aumenta nessas horas”, relatou.

Opinião de Lázaro foi compartilhada pelo metalúrgico Anderson Cordovil Rodrigues. Morador do Jardim Novo Horizonte, na zona norte de Sorocaba, ele atravessou a cidade de ônibus para expressar gratidão à santa que é devoto.

“Muita coisa está diferente, mas a fé não muda. Ela se renova e aumenta. Estamos vivendo um ano complicado e eu vim para agradecer, porque eu e minha família estamos com saúde e não passamos fome”, comentou. Segundo ele, as preces em gratidão à santa também foram feitas em nome da esposa e do filho, que se enquadram como grupo de risco.

Ao longo de todo o dia, o padre Ricardo Chizzolini, pároco do Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecidinha, realizou seis missas durante todo o dia. Ao meio-dia a missa foi celebrada pelo arcebispo de Sorocaba Julio Endi Akamine, com transmissão pela internet.

Arquidiocese de Sorocaba divulgou orientações para os fiéis acompanharem as missas. Crédito da foto: Fábio Rogério (12/10/20)

Protocolos

Por orientação da Arquidiocese de Sorocaba, seguindo os protocolos do Plano São Paulo, as missas devem respeitar 60% da capacidade dos bancos. A restrição do número de pessoas também se reflete na oferta de dízimos.

Para minimizar os efeitos da queda de doações durante a quarentena, paroquianos realizaram venda de produtos, como máscaras de proteção facial estilizada com a imagem da santa e rifas de peças de artesanato produzidas com telhas originais da capela antiga do bairro. “A gente também precisou se reinventar”, comentou Maria José Paes, integrante do Grupo de Eventos da paróquia. (Felipe Shikama)