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Dia das Mães deverá ser comemorado à distância neste ano

08 de Maio de 2020 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]

Dia das Mães será diferente este ano O contato físico terá que ser substituído pelo virtual, ao menos neste momento. Crédito da foto: Pixabay

Uma das datas mais especiais do ano, o Dia das Mães, que será comemorado neste domingo, dia 10, não poderá ter os tradicionais almoços em família. Infelizmente, mesmo que mães e filhos queiram se reunir, todos usando máscaras, os especialistas não recomendam, por conta da pandemia do novo coronavírus.

Segundo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o momento exige isolamento social, portanto, mesmo tomando-se todos os cuidados, a ordem é evitar aglomerações e contato físico.

A médica infectologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), Marina Campelo Jabur, afirma que os tradicionais almoços do Dia das Mães não devem ocorrer por conta do risco de propagação do novo coronavírus. “O Dia das Mães deve ser comemorado presencialmente sim, mas em outro momento. Inclusive as pessoas já deveriam deixar combinado, no segundo semestre, qual vai ser o dia para comemorar a data”, diz.

Dia das Mães será diferente este ano A infectologista Marina Jabur. Crédito da foto: Arquivo Pessoal

Marina afirma que a não realização do almoço é uma forma de cuidado com as pessoas e, principalmente, com as mães que têm 60 anos ou mais e que fazem parte do grupo de risco para a Covid-19. “Nós temos que encontrar ideias para substituir o almoço presencial, como fazer uma videoconferência com cada familiar na sua respectiva casa, enviar aqueles chamados vídeo- vida, enviar um almoço especial para a casa da mãe por meio do sistema delivery de restaurantes, envio de flores, entre outras opções”, destaca a médica.

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A infectologista também chama a atenção para a saúde mental e emocional neste momento da pandemia e afirma que as pessoas estão mais introspectivas, porém mais receptivas para vídeos, mensagens pelo celular e aplicativos, entre outros recursos. “Temos que adiar o tradicional almoço de Dia das Mães no domingo e usarmos os recursos tecnológicos e outros meios para estarmos presentes, de uma outra forma.

A preocupação com o distanciamento físico, por exemplo, não precisa ser proporcional à sua presença na vida de uma pessoa. Então, as pessoas podem ligar mais vezes ao dia para suas mães e outros familiares, perguntar diariamente pelo celular ou telefone se sua mãe precisa de alguma coisa, se ela está sentindo-se bem, falar da saudade. Tudo vai voltar ao normal”, aponta.

Criado na primeira década do Século 20 e oficializado por Getúlio Vargas no Brasil em 1932, o Dia das Mães, desde então, vem sendo celebrado anualmente no segundo domingo de maio. Porém, em 2020, a data será comemorada sem grandes expectativas não somente para mães e filhos, mas também para o comércio.

Angústia é não saber a data do reencontro

Dia das Mães será diferente este ano Maiara queria ter toda a família reunida no Dia das Mães, mas não será possível. Crédito da foto: Arquivo Pessoal

A estudante Maiara Moreira, 26 anos, já passou alguns Dia das Mães sem a própria mãe e neste domingo não irá celebrar a data com ela por conta da pandemia do novo coronavírus. Além disso, o que mais preocupa a estudante é o fato de não saber quando irá ver novamente a mãe.

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Maiara conta que a mãe mudou-se para o Ceará logo no início da quarentena, no mês passado, e desde fevereiro de 2020 ela não a vê. “Minha mãe morava em Campos do Jordão, mas recentemente ela foi morar no Ceará. Já tinha programado que iria aproveitar uns dias de folga e a data para comemorarmos juntas, mas veio a pandemia e o isolamento social e tive que adiar a viagem”, lamenta.

Para a estudante, a situação de maior angústia, além de não comemorar a data com a mãe, é não ter previsão de quando mãe e filha estarão juntas novamente. “Fico preocupada sem saber quando vamos estar juntas novamente e isso é bastante angustiante”, afirma.

Para o Dia das Mães não passar em branco, Maiara pretende combinar com alguns parentes de fazer uma ligação em grupo, na hora do almoço, para falar com a mãe e matar um pouco a saudade. “Enquanto isso, a gente se fala pelo celular mesmo e mensagens pelo WhatsApp”, diz. (Ana Cláudia Martins)

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