Detidos dizem à Polícia que combustíveis adulterados não seriam distribuídos em Sorocaba
Depósito de combustível funcionava há cerca de dois anos. Crédito da Foto: Polícia Civil/Divulgação
Em depoimento prestado à Polícia Civil, os dois homens detidos em um depósito de São Roque, que armazenava aproximadamente 100 mil litros de combustíveis adulterados, negaram que o material seria distribuído em Sorocaba. Eles teriam informado que o produto era revendido em postos da Capital paulista e também em municípios mineiros.
A Polícia Civil, porém, informou que ainda fará perícia nos celulares apreendidos. O objetivo é saber com precisão em quais lugares o combustível era comercializado.
Presos na terça-feira (17), os dois foram liberados nesta quinta-feira (19) após o pagamento de fiança estabelecido em audiência de custódia. Um deles era motorista de um caminhão-tanque que estava sendo carregado no local. O outro se apresentou como gerente do depósito.
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Até o fim da tarde desta quinta, uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil permaneceu no depósito para preservar o local e impedir a ação de bandidos. Um caminhão-tanque foi utilizado para transportar os combustíveis, que foram levados até Salto e ficaram sob responsabilidade de uma empresa especializada em reciclagem.
O gerente disse aos policiais que a propriedade, localizada no bairro Mombaça, já funcionava há pelo menos dois anos. Ela era equipada com quatro tanques de armazenamento.
Ainda segundo a Polícia Civil, as investigações, iniciadas há três meses, prosseguirão até que seja possível identificar o proprietário do depósito e também quais postos comercializavam os combustíveis. Todo o material passou por análise prévia realizada por técnicos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Procon, que comprovaram a adulteração com solvente e água. Testes minuciosos também serão realizados. (Larissa Pessoa)