Dentista e político Raphael Baldacci Filho morre aos 90 anos em Santos
Rafael Baldacci foi político atuante no Estado e presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas - Foto: APCD
Faleceu neste domingo (30), aos 90 anos, em Santos, o dentista e político Raphael Baldacci Filho. Natural da cidade paulista de Caçapava, ele teve forte vínculo com Sorocaba por conta de sua atuação política no Estado de São Paulo. A causa da morte não foi informada. Baldacci deixa a esposa Nilcea Baldacci e três filhos. O enterro está previsto para manhã, às 14h, no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos.
Baldacci ingressou em 1948 na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), tendo exercido durante o período universitário intensa atividade político-acadêmica. Depois de se dedicar à política, em 1985 aposentou-se na USP e assumiu a vice-presidência da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, cargo que exerceu até 1989.
No mesmo ano tornou-se presidente da entidade, permanecendo neste cargo até 1998, quando voltou ao cargo de vice-presidente. "Foi a liderança que mais lutou pela modernização da associação e incentivou o surgimento de mais faculdades de odontologia", afirma o dentista, presidente da Fundec e diretor da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), Luiz Zamuner.
"Era um nome nacional com muita ligação com Sorocaba", define Zamuner, que atribui a Baldacci o reconhecimento internacional dado ao Congresso Paulista de Odontologia. Baldacci foi ainda cirurgião dentista da Estrada de Ferro Sorocabana e do Setor de Cirurgia Oral do Hospital Matarazzo .
Vida política
Baldacci ingressou na vida política ao participar da campanha vitoriosa de Jânio Quadros ao governo de São Paulo no pleito de outubro de 1954. Baldacci também chefiou a campanha do brigadeiro Faria Lima nas eleições de março de 1965 para a prefeitura de São Paulo.
O dentista chegou a pertencer ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), da oposição, mas filiou-se à Arena ainda em 1966. No pleito de novembro desse ano elegeu-se deputado federal por São Paulo nessa legenda, assumindo o mandato em fevereiro de 1967.
No pleito de novembro de 1970 reelegeu-se deputado federal por São Paulo na mesma legenda, tendo recebido mais de 150 mil votos oriundos em parte do remanescente eleitorado janista.
Em 1974 apoiou a candidatura de Paulo Egídio Martins à sucessão do governo paulista. Reeleito em novembro desse ano, foi o deputado federal da Arena mais votado em todo o Brasil, obtendo cerca de 147 mil votos num pleito em que o partido do governo foi derrotado em São Paulo e vários outros estados.
No ano de 1986 tornou-se coordenador da campanha do empresário Antônio Ermírio de Morais ao governo do Estado de São Paulo no pleito de novembro seguinte, que acabou sendo vencido por Orestes Quércia, do PMDB.