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Demanda faz Samu usar ambulâncias ‘brancas’ no atendimento

10 de Julho de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Demanda faz Samu usar ambulâncias ‘brancas’ Veículos estão auxiliando demandas de urgência. Crédito da foto: Cortesia

O aumento na demanda em função dos atendimentos aos casos de Covid-19 em Sorocaba, além da quebra de veículos, tem obrigado a Secretaria de Saúde (SES) a colocar as chamadas “ambulâncias brancas” para auxiliar nas demandas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

Conforme Fabio Marcelo Ribeiro, coordenador do Samu, três ambulâncias adesivadas do serviço estavam sendo substituídas nesta quinta-feira (9) por “ambulâncias brancas”. Entretanto, ele afirmou que as especificações são parecidas e não há qualquer prejuízo para a população. Como exemplo, citou que, durante a manhã, 22 pacientes aguardavam transferência na UPH Leste -- sendo 18 com sintomas de Covid. Conforme ele, nenhum paciente ficou sem o atendimento. “Duplicou nossos atendimentos”, afirma.

O coordenador afirma que as unidades de suporte avançado (UTI Móvel) não possuem nenhum problema. Segundo conta, quando há remoção de pacientes que dependem dessas unidades, uma é mantida livre -- para o caso, por exemplo, de eventual acidente de trânsito.

Funcionários da SES, entretanto, argumentam o contrário. “Quando a equipe do Samu trabalha com ambulância branca, há algumas restrições, até porque o veículo não é o adequado. Então, deixa de atender casos como suspeitas de Covid-19, não atende pacientes psiquiátricos. Mal consegue atender ocorrências básicas como acidentes de trânsito, por exemplo; se houver duas vítimas, dificulta atendimento entre outras restrições”, alega um profissional.

A situação foi relatada à reportagem do jornal Cruzeiro do Sul em mais de uma ocasião, a partir de 19 de junho. Nas ocasiões das reclamações, ao menos duas ambulâncias brancas estavam substituindo as “vermelhas” -- específicas ou adesivadas para Samu.

EPIs

À reportagem, também houve reclamação quanto aos equipamentos de proteção individual. “No início, em apenas alguns dias, nos forneciam macacões para atendimento Covid-19. Agora, é só um aventalzinho ‘sem vergonha’. A touca, na hora de colocar, chega a rasgar”, relata um dos reclamantes. A situação foi negada pela coordenação do Samu. “Não tem faltado. Nenhum funcionário tem reclamado para nós”, refutou Ribeiro. (Marcel Scinocca)