Vereadores protocolam ontem o documento na Câmara. Crédito da foto: Erick Pinheiro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apurou reclamações sobre falhas nos serviços funerários de Sorocaba, entregou nesta segunda-feira (01) ao protocolo geral da Câmara o relatório final dos trabalhos com quase 500 páginas e mais os DVDs com os depoimentos gravados. Todo o material será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) e também à Prefeitura.

O relatório foi protocolado pelo presidente da CPI, vereador Vitão do Cachorrão (MDB), pelo relator Fausto Peres (Podemos) e pelo integrante Wanderley Diogo (PRP). Segundo o relatório, a Ossel e a Ofebas operaram o serviço funerário em Sorocaba de 2002 a 2015 sem licitação, com contratos emergenciais. O documento conclui que não se sabe “por qual razão a administração pública não agiu como preceitua a lei de licitações”. Acrescentou que essa prática beneficiou “por anos” a Ossel e a Ofebas com os inúmeros contratos emergenciais. E isso impossibilitou, concluiu, o ingresso por mais de uma década de outras empresas que buscam crescimento e poderiam trazer nova oportunidade de serviços funerários à população.

Também munícipes que preenchem os requisitos de carência e que teriam direito aos serviços funerários gratuitos são obrigados a efetuar os pagamentos solicitados pelas funerárias. Isso acontece, segundo o relatório, porque quem faz a avaliação social dos carentes são as próprias funcionárias, que admitem não terem corpo técnico com capacidade para isso. A reportagem solicitou no início da noite avaliação da Prefeitura sobre o relatório, mas até o fechamento desta edição não houve resposta. (Da Redação)