Contratação de militares da reserva para escola cívico-militar será em abril
Escola Municipal Matheus Maylasky foi a escolhida para o programa. Crédito da foto: Aldo V. Silva / Arquivo JCS
A contratação de militares da reserva para atuarem na 1ª escola cívico-militar do Estado, que será em Sorocaba, na Escola Municipal Matheus Maylasky, deverá ocorrer no próximo mês de abril, por meio do Ministério da Defesa e do Ministério da Educação. A informação é do deputado estadual tenente Matheus Coimbra (PSL), que também é presidente da Frente Parlamentar pela Implementação das Escolas Cívico-Militares no Estado de São Paulo.
Segundo o deputado, após a contratação dos militares, que residem em Sorocaba, a transição da Escola Municipal Matheus Maylasky para uma unidade escolar cívico-militar deverá começar a partir de maio. “Antes de começar a atuar na escola, fora da sala de aula, os militares passam por um treinamento específico do Programa Escola Cívico-Militar. Eles irão atuar em atividades dentro da escola, mas fora da sala de aula, com atividades extracurriculares e também apoio nos corredores, mediação de conflitos, entre outras atividades administrativas”, afirma o deputado.
Coimbra destaca ainda que os demais funcionários da escola, como professores, diretor, entre outros, continua da mesma forma. “Os militares fazem um trabalho de projetos específicos, de acordo com o Programa Escola Cívico-Militar, como, por exemplo, fanfarra, questões cívicas, entre outros”, afirma o deputado.
A Escola Municipal Matheus Maylasky foi a unidade escolar escolhida para desenvolver o Programa Nacional da Escola Cívico-Militar, após a realização de consulta pública em 9 de outubro de 2020, feita pela Secretaria da Educação (Sedu). A sondagem apontou que 82,5% dos pesquisados na escola votaram favoráveis.
Apoio dos militares
O Programa Nacional da Escola Cívico-Militar é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Defesa. O programa, que é gratuito, tem como norte um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa que contará com a participação do corpo docente da escola e apoio dos militares.
De acordo com o MEC, o programa visa contribuir com a qualidade do ensino na educação básica, além de propiciar aos alunos, professores e funcionários uma atuação focada na melhoria do ambiente e da convivência escolar.
O programa tem como ações a participação de atos cívicos, o desenvolvimento de espírito de civismo e patriotismo, estímulo de atitudes e elaboração e execução do “Projeto Valores” que, segundo o MEC, estará em consonância com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar.
Além de colaborar com as atividades educacionais, uma das ações é a implantação de um laboratório de Ciências e Informática. O programa contará com um monitor, que acompanhará as atividades fora de sala de aula, bem como a entrada, saída e intervalo dos estudantes. Os militares não ocuparão cargos dos profissionais da educação. Não haverá alteração no conteúdo das disciplinas, pois será seguida a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). (Ana Cláudia Martins)