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Conheça os mitos e verdades sobre a castração de cães e gatos

13 de Agosto de 2018 às 15:05

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem a segunda maior população de animais domésticos do mundo, com 22,1 milhões de gatos e 52,2 milhões de cachorros. Nesse cenário, a castração é uma boa ferramenta para o controle do crescimento populacional dos pets. O procedimento evita crias indesejadas, que contribuem para o aumento do número de cães e gatos abandonados. De acordo com levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil há cerca de 30 milhões de animais sem um lar. Mesmo assim, muitos tutores ainda resistem a realizar o procedimento devido a alguns mitos.

Segundo Marcio Barboza, gerente técnico Pet MSD Saúde Animal, a castração traz muitos benefícios à saúde do pet, já que melhora sua qualidade de vida e, consequentemente, pode aumentar sua longevidade. "O procedimento da castração é muito simples e garante quase nenhum risco aos animais saudáveis. O indicado é que seja realizado ainda no primeiro ano de vida do pet, antes da sua maturidade sexual", afirma Marcio.

Ele destaca que animais castrados têm menos riscos de desenvolver doenças como o câncer. A castração reduz a variação hormonal sofrida pelos pets ao longo de suas vidas. Sendo assim, reduz as chances do aparecimento de tumores de testículo, ovário, mama e útero. A castração também diminui as chances de fuga dos pets já que diminui as respostas a estímulos reprodutivos, que incluem fugas, agressividade com outros animais e até latidos excessivos.

A afirmação de que os animais castrados desenvolvem tendência ao ganho de peso, segundo Márcio, é um mito. A obesidade nos pets é reflexo de uma alimentação rica em calorias aliada ao sedentarismo. Outro mito desmentido pelo veterinário está o de que as fêmeas devem ter ao mesmos uma cria antes de serem castradas. Segundo ele, os benefícios da castração precoce -- àquelas feitas antes do primeiro cio -- são inúmeros à saúde da fêmea. O principal dentre eles é a diminuição da incidência do câncer de mama ao longo da vida do animal.

Entre um dos únicos pontos negativos das castrações destacados pelo veterinário está o fato das fêmeas castradas poderem desenvolver incontinência urinária. O problema acontece em uma pequena parcela dos animais castrados devido à ausência do hormônio estrogênio. "Hoje o mercado já disponibiliza medicamentos seguros e avançados que reduzem os sintomas da incontinência e evitam o desconforto no animal, sem gerar acúmulo no organismo em longo prazo", destaca Marcio.