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Comissão Processante ouve servidor comissionado da Prefeitura em oitiva

05 de Junho de 2019 às 16:05
Marcel Scinocca [email protected]

Fernando Marques, diretor de área da Prefeitura, foi ouvido pela comissão. Crédito da Foto: Erick Pinheiro (5/6/2019)

Fernando Marques, servidor comissionado da Prefeitura de Sorocaba, iniciou a rodada de oitivas da Comissão Processante que investiga o prefeito José Crespo (DEM). O depoimento foi realizado nesta quarta-feira (5), na Câmara de Sorocaba. O prefeito é investigado pela Comissão por suposto cometimento de infração político-administrativa envolvendo a servidora Tatiane Polis e o voluntariado na Prefeitura de Sorocaba.

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Na oitiva, Marques afirmou que conheceu a ex-assessora da Prefeitura de Sorocaba durante a campanha eleitoral de 2016. Posteriormente, ela foi apresentada como voluntária na Prefeitura de Sorocaba. Entretanto, ele afirmou desconhecer que ela recebia pelo trabalho voluntário ou que desse ordem para funcionários no sexto andar. “Nunca dei dinheiro, nem nunca vi ninguém pagar”, afirmou. Marques atua no gabinete do Executivo, como diretor de área.

Durante o depoimento de quase 15 minutos, Marques foi questionado também pelo advogado Márcio Leme, da defesa de Crespo, sobre algumas pessoas e sobre seu trabalho na Câmara. Ele era chefe de gabinete do vereador Hudson Pessini (MDB), que é relator da Comissão. Marques confirmou que houve voluntariado no gabinete do vereador durante o tempo em que ficou alocado na Câmara.

Ele também falou da relação de um empresário investigado no operação Casa de Papel com o gabinete do vereador. O servidor chegou a informar que o empresário era um infiltrado no grupo contra Hudson Pessini. O empresário seria ligado a outro assessor do gabinete de Pessini, que foi exonerado recentemente.

O advogado Márcio Leme disse que o depoimento foi esclarecedor e produtivo. “Ele [Fernando Marques] esclareceu de forma contundente, muito clara e objetiva, que as ações formalizadas contra o prefeito José Crespo não passam de armação política, visto que esta pessoa confirmou categoricamente que Tatiane Polis jamais atuou ilegalmente como voluntária e jamais recebei quantia”, avaliou.

Houve poucos questionamentos dos integrantes da Comissão Processante. Hudson Pessini não fez nenhuma pergunta. Mais tarde, à imprensa, ele repudiou a forma como os assuntos foram abordados. “E mais uma tentativa de desfocar qual é a real intenção dessa Comissão Processante”, disse. Hudson tratou a situação como baixa e rasteira.

Não compareceram

Três depoentes indicados pela defesa do prefeito José Crespo não compareceram. Luiz Carlos Navarro, Carolina Magoga e Gilberto de Camargo Antunes, que é secretário de Comunicação e Eventos da Prefeitura de Sorocaba. Navarro teve compromissos profissionais. A servidora Carolina Magoga está em luto com a morte do pai.

Antunes enviou um e-mail em que pedia a alteração da data do depoimento. A justificativa se fixou em compromissos na agenda da pasta. A nova data para as oitivas será no dia 13 de junho. O presidente da Comissão, vereador Silvano Junior (PV), garantiu que as ausências não atrasarão os trabalhos. (Marcel Scinocca)

* Atualizado às 19h24