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Comércio dos suplementos alimentares tem novas regras

19 de Julho de 2018 às 10:28

A venda e o consumo de suplementos alimentares no Brasil conta com novas regras, que passaram a valer nesta semana com uma regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Agora, esses produtos ganharam uma categoria específica -- a de suplementos alimentares -- que reúne vitaminas, ômega 3 e produtos da proteína do leite, entre outros, e deixam de ser classificados como alimentos ou medicamentos. Além disso, os suplementos deverão trazer no rótulo a sua composição e nutrientes e ainda obedecer a limites máximos e mínimos das substâncias autorizadas pela Anvisa.

A lista dos ingredientes de uso permitido ainda deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias, texto que será atualizado periodicamente. As empresas que produzem os suplementos terão também de comprovar a eficácia e a segurança dos produtos comercializados. Para os suplementos que já estão no mercado, há o prazo de cinco anos para adequação à norma. Já os novos terão de cumprir as regras de imediato. As mudanças foram aprovadas em março deste ano.

A busca pelo corpo ideal tem levado a uma expansão contínua do mercado relacionado ao tema e com os suplementos alimentares não é diferente. Proprietário de uma loja segmentada no Mercadão Campolim, Mauro Sercheli explica que a variedade de produtos e a procura são grandes e, em muitos casos, o público busca por informações sobre os suplementos com o vendedor, o que requer um conhecimento por parte de quem comercializa. Ele revela, por outro lado, que são poucos os clientes que demonstram interesse sobre a composição dos produtos, levando mais em consideração os tipos de suplementos e marcas.

Sercheli conta que o "carro chefe" das vendas é o whey -- a proteína extraída do soro do leite --, que se divide entre diversos produtos com diferenças entre si. "Depende muito do que se procura, do tipo de resultado que se espera e também do bolso, pois há variedade de produtos e preços."

Embora considere positivo o acréscimo de informações ao rótulo que a regulamentação propõe, a nutricionista Juliana Sercheli não crê que as novas regras criadas pela Anvisa provoquem mudanças significativas para o comércio e o consumo dos suplementos. "Com mais informação, o público compra com mais conhecimento e segurança, mas na prática, pouco deve mudar", avalia.

Segundo a nutricionista, o público que busca pelos produtos geralmente está acostumado ao consumo, mas um acompanhamento é sempre bem-vindo. "Não é obrigatório, pois os próprios rótulos dos produtos sugerem como usar. Mas a orientação de um profissional é sempre positiva", explica, salientando a melhor forma de associar o uso dos suplementos à rotina de alimentação equilibrada e exercícios físicos para a busca pelos resultados esperados.