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Começa o processo de transferência do chimpanzé Black no zoo de Sorocaba

06 de Maio de 2019 às 09:11

O chimpanzé Black é observado por visitante no Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba. Crédito da foto: (21/1/2014)

O processo de transferência do chimpanzé Black para o Santuário dos Primatas teve início na manhã desta segunda-feira (6) no Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba. Somente seis profissionais atuam diretamente no recinto para não causar estresse no animal.

Segundo informou a Secretaria de Comunicação e Eventos de Sorocaba, o objetivo dos profissionais é evitar a aplicação de sedativo no chimpanzé. A ideia é fazer com que Black entre, de livre e espontânea vontade, dentro de uma gaiola colocada no recinto. É nela que o animal será transportado para o Santuário dos Primatas.

O Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros está fechado para a visitação pública, como ocorre todas as segundas-feiras. Nem mesmo a entrada da imprensa foi permitida para acompanhar o processo de transferência.

Entre os profissionais presentes nas proximidades do recinto de Black, dois são do zoológico. Um deles, inclusive, seria o tratador do chimpanzé. Os demais são funcionários do Santuário dos Primatas.

A transferência de Black ocorreu após uma decisão da Justiça. Veterinários e biólogos divergem sobre o tema, pois alguns afirmam que o chimpanzé já está habituado com a rotina e com as pessoas do zoológico, enquanto as duas entidades que pedem a transferência — Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda) e Associação Sempre Pelos Animais — alegam que, no santuário, o animal poderia interagir com outros primatas e não precisaria mais conviver com o estresse causado pela visitação.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), para decidir pela transferência de Black, se baseou também no parecer técnico do biólogo Sérgio Greif. Segundo ele, o que mais pode causar incômodo em Black é o fato de viver sozinho, sem contato com outros primatas.

Por alguns anos, o chimpanzé, que com aproximadamente oito anos foi resgatado de um circo, viveu na companhia de Rita, que já faleceu. Em 2004, durante reformas no recinto dos primatas no zoo, Black passou alguns meses vivendo no santuário, onde se relacionou com a chimpanzé Margarete. Após a reforma, Black e Rita retornaram ao parque municipal. (Da Redação)