Movimento de pessoas na rua Barão do Rio Branco, em Sorocaba. Crédito da foto: Vinicius Fonseca (20/7/2020)

O primeiro dia da reabertura de parte do comércio considerado não essencial registrou movimento na manhã de ontem no centro de Sorocaba. Clientes chegaram a formar filas em frente de alguns estabelecimentos, provocando aglomerações. O comércio de rua e as galerias de serviços não essenciais podem funcionar, a partir desta segunda-feira (20), das 9h às 13h, na cidade.

O movimento maior de pessoas foi registrado na rua Doutor Álvaro Soares. Em uma calçada estreita, uma fila de clientes foi formada enquanto outros pedestres caminhavam com sacolas de compras.

Já em frente a alguns comércios, faixas amarelas foram colocadas na calçada para delimitar um distanciamento mínimo entre as pessoas. Apesar dessa medida, na prática, as demarcações no solo não são obedecidas.

Conforme o último decreto municipal, parte do comércio de rua com serviços não essenciais pode funcionar entre segunda e sexta-feira, das 9h às 13h, em Sorocaba. A decisão partiu da prefeita Jaqueline Coutinho (PSL) após o avanço do município à fase 2 (laranja) do Plano São Paulo de retomada da economia em função da pandemia do novo coronavírus.

Nessa nova flexibilização, há três divisões para o funcionamento dos diferentes tipos de estabelecimentos. Além dos comércios de rua e galerias, os prestadores de serviços deverão atuar das 14h às 18h. Já as concessionárias e lojas de comércio de veículos deverão abrir das 9h às 13h.

Shoppings e galerias de supermercados podem abrir em qualquer horário. Desde que fiquem abertos 4 horas por dia. Os templos religiosos também estão liberados. Eles serão obrigados a seguir os protocolos de saúde.

De acordo com o decreto municipal nº 25.837, entre os dias 20 e 26 de julho, excepcionalmente, o funcionamento dos estabelecimentos ocorrerá somente de segunda a sexta-feira. Após essa data, os comércios estarão autorizados a funcionar de segunda a sábado. No entanto, fica mantido o limite de quatro horas por dia.

Clientes foram às compras

A assistente social Margarida Oliveira, 65 anos, disse que ficou na fila de uma loja para comprar álcool em gel porque o preço é menor do que nos supermercados e nas farmácias. Ela disse ainda que acha arriscado sair para fazer compras, mas que pretendia somente comprar o necessário e voltar para casa. “Tomo todos os cuidados, uso máscara e tento fazer as compras o mais rápido possível porque a gente tem medo de se contaminar”, disse.

Já a dona de casa Lidinalva Bento da Silva, 58 anos, afirma que também acha arriscado sair de casa para fazer compras no Centro, mas precisava comprar um produto de artesanato que, segundo ela, só tinha em uma loja na rua Dr. Álvaro Soares. “Vi pessoas sem máscara ou usando o acessório de forma errada e acredito que ainda falta conscientização das pessoas, para que fiquem em suas casas e evitem sair sem necessidade”, disse.

Em nota oficial divulgada às 18h47, a Prefeitura informou que o setor de fiscalização cumpriu 25 determinações de fechamento de estabelecimentos por estarem funcionando fora do horário permitido pelo decreto municipal. (Ana Cláudia Martins)