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Ciclovias convidam às pedaladas e à vida saudável com belas paisagens

25 de Dezembro de 2018 às 22:10

(Esta reportagem foi escrita em 2010 e tem por objetivo comparar com a situação das ciclovias de hoje em Sorocaba) 

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Depois de ter conquistado o título de Capital Nacional da Caminhada, por suas pistas e programas de estímulo à prática da atividade física, Sorocaba agora investe na implantação de ciclovias, por todos os lados, incentivando a população a buscar (ou manter) a qualidade de vida. De acordo com a legislação, o ciclista deve pedalar junto ao meio-fio, no mesmo sentido que os demais veículos e respeitar as leis de trânsito. Há quem pense que pedalar na contramão é o correto, mas não é.

https://youtu.be/AIwlaIlTGjM

Utilizada como meio de transporte há séculos, a bicicleta foi ganhando a cada época mais adeptos. Além de transportar a pessoa para qualquer lugar, a bike não polui e é uma excelente atividade física. Apesar de ser mais lenta, uma média de 16 km/h, acaba sendo mais rápida que os veículos automotores em alguns lugares da cidade, considerando-se os longos e cansativos congestionamentos.

Com a proposta de fazer o sorocabano pedalar, seja a passeio ou não, a Prefeitura de Sorocaba começou a investir, em 2005, nas chamadas ciclovias. A primeira delas está na avenida Dom Aguirre e é, entre todas, uma das melhores para se pedalar, já que o ciclista mantém contato direto com a natureza, o rio e muita arborização, além de manter o conforto de girar os pedais em superfícies mais planas.

Atualmente, há na cidade 65 quilômetros de ciclovia, incluindo aqui a ciclofaixa existente na rua Paes de Linhares. Até o final do ano, o prefeito Vitor Lippi (PSDB) pretende concluir um traçado de 77 quilômetros e, ao final de seu segundo mandato, em 2012, fechar a ciclovia com pouco mais de 100 quilômetros (é como sair de Sorocaba e ir a São Paulo).

O plano cicloviário pretende integrar todas as regiões da cidade. Contudo, em muitos trechos não haverá a integração total, haja vista as condições técnicas. De qualquer forma, hoje, o ciclista sorocabano pode ir a qualquer lugar da cidade, utilizando, em vários momentos, a ciclovia.

“O projeto representa um novo conceito de qualidade de vida e mobilidade urbana, pois garante segurança aos ciclistas, estimula o lazer e a prática de atividades físicas, além de oferecer uma opção econômica e não poluente de transporte”, afirma o prefeito. Sorocaba tornou-se a maior rede de ciclovias do estado e isso rendeu-lhe o prêmio especial “Agir Localmente, Pensar Globalmente” do programa do governo estadual “Município Verde Azul”. Até o momento, o plano cicloviário representa um investimento de aproximadamente R$ 6 milhões.

Adepto do ciclismo

Pedalo desde março de 2009. Somente em períodos de muita chuva deixo a bike descansando. Apaixonado por mountain-bike e speed, troquei o carro e o transporte coletivo pela “magrela” e pedalo todos os dias para o trabalho, aqui, no jornal Cruzeiro do Sul. No começo vinha do Central Parque. Eram 12 quilômetros; hoje venho de Votorantim, aumentando para 15 quilômetros. Ao todo, pedalo de 30 a 32 quilômetros por dia. Neste um ano e meio já peguei dez chuvas, voltando para casa. Mas para quem curte as pedaladas, chuva não é problema, desde que não seja no inverno, é claro!

Do Central Parque até o jornal, usava apenas três quilômetros de ciclovia, da praça Lions até a rua Padre Madureira. Fora esse trecho, o resto era pela via pública, dividindo os espaços entre os carros. Para quem gosta da modalidade speed, pedalar entre os veículos é uma aventura... pura adrenalina! Na volta para casa, o mesmo trecho de ciclovia.

Quando me mudei para Votorantim, comecei a pedalar mais, porém, usando maior parte da ciclovia. Há planos do prefeito Carlos Augusto Pivetta (PT) de interligar Votorantim a Sorocaba por ciclovia. Já existe uma ligação, próxima ao viaduto da rodovia Raposo Tavares, onde começa a ciclovia denominada Roberto Alquezar.

Experiência no pedal

Quase dois anos depois, mais experiente, decidi, junto à equipe de produção de pauta da revista A Cidade, abordar a integração da ciclovia, os benefícios e as dificuldades enfrentadas por quem opta por esse meio de transporte. Com uma câmera adaptada ao capacete (adaptação idealizada pelo coordenador do Projeto Memória do Cruzeiro do Sul, Ednilson Jodar Lopes), organizamos a pauta.

Foram três manhãs para pedalar pelo principal eixo de integração da ciclovia, que começa no bairro Sorocaba H (final da avenida Itavuvu), passando pela avenida Dom Aguirre e terminando, na volta, na praça da Bandeira. As demais ciclovias são ramais, que levam para outros pontos e bairros da cidade, porém, fazem a integração com o eixo central.

Antes de iniciar o percurso, eu e o motorista Osvair Gomes Soares trafegamos de carro ao longo de todo o trecho e fizemos o levantamento dos diversos pontos cicloviários. Então, nos dias 28 e 29 de junho e 1º de julho, acompanhado, em cada dia, dos repórteres-fotográficos Aldo V. da Silva, Bruno Cecim e Fábio Rogério, percorri 34 quilômetros dos 65 quilômetros existentes de ciclovia. No carro de apoio, ficaram os motoristas Dorival Manfrim Júnior e Marcelo Leonardo.

Com uma câmera adaptada ao capacete organizamos a pauta.Crédito da foto: Bruno Cecim (28/6/2010)

 

Beleza e desafios

Os repórteres-fotográficos captaram imagens de diversos pontos - umas para mostrar a beleza da paisagem, outras para registrar os desafios.

Bem, no último dia, uma quinta-feira, recomecei a pedalada ao lado da Casa do Cidadão, no bairro Ipiranga, onde há bicicletário e mais ciclovia. O fotógrafo Fábio Rogério, dessa feita, acompanhou-me pedalando também. Foi bem, mas disse que precisava de mais treino. Terminamos a pedalada de 7 quilômetros na praça da Bandeira. Depois, pedalamos de lá até o jornal.

Uma boa experiência, considerando que tivemos de subir a avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes empurrando as bikes. Não por mim, mais por ele. Pode parecer convencimento, mas não é. Quando se pedala com frequência, assim como em qualquer tipo de atividade física, o corpo acostuma-se ao ritmo e não há subida (pelo menos aqui em Sorocaba) que impeça o ciclista de ir pedalando. (Fernando Guimarães - em 15/8/2010)

 

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