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Casos de HIV em Votorantim aumentam 50% só neste ano

30 de Agosto de 2019 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]

Casos de HIV em Votorantim aumentam 50% só neste ano Campanhas preventivas são realizadas. O HIV causa a aids. Crédito da foto: Pedro Negrão / Arquivo JCS (24/11/2011)

Os casos de HIV (vírus da imunodeficiência humana) aumentaram quase 50% de janeiro a agosto de 2019 na comparação com o mesmo período do ano passado em Votorantim. Os dados são da Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do município.

Segundo a Sesa, no período analisado (janeiro a agosto) os números passaram de 26 em 2018 para 38 em 2019, ou seja, aumento de 46,15%, o que representa 12 casos a mais. O número de casos de HIV confirmados em Votorantim já ultrapassou o total registrado em todo o ano passado, que foi de 37. Só em agosto de 2019 foram confirmados seis.

Para evitar novos casos, a Prefeitura de Votorantim informou que realiza campanhas de prevenção nas empresas, palestras em escolas, além da campanha no período do Carnaval e contra o HIV em dezembro de cada ano.

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De acordo com a Sesa, em 2017 Votorantim contabilizou durante todo o ano 38 casos de HIV, um a mais do que o total do ano passado (37). Com base nos números de 2019, este ano a estimativa é de que os casos confirmados na cidade fiquem acima dos totais dos últimos anos.

Mais homens

Em relação aos casos confirmados de HIV, os homens são os mais infectados pelo vírus. Em 2019, do total 27 são homens e 11 mulheres, ou seja, eles são mais do que o dobro de mulheres contaminadas pelo vírus HIV. Já em relação à idade, segundo a Sesa, a faixa etária das pessoas é dos 20 a 52 anos, sendo que a maioria dos casos está entre 30 e 39 anos. Já em 2018 a faixa etária das pessoas contaminadas ficou entre 21 e 35 anos.

Em Votorantim, as pessoas que quiserem fazer o teste de HIV podem procurar o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que fica na rua João Alarcon, 50, no Jardim Icatu. Nos casos em que a contaminação é confirmada, o tratamento oferecido na rede pública aos pacientes é total, informa a Prefeitura, incluindo consultas regulares (infectologista e odontologia), medicação e apoio psicológico.

O HIV é o causador da aids, mas isso não significa que todas as pessoas que têm o vírus vão desenvolver a doença. A camisinha é a única barreira física capaz de impedir a infecção por sexo. Os especialistas afirmam que quando o diagnóstico do HIV é precoce as chances de se evitar a aids são muito grandes.

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O infectologista Fernando Ruiz diz que a aids é uma doença considerada crônica, controlável como qualquer outra, como hipertensão e diabetes, mas se não tratada corretamente pode matar. A orientação do Ministério da Saúde, que é seguida em todos os âmbitos, é de tratamento com antivirais tão logo se diagnostique a presença do vírus.

Sorocaba registra 125 casos até agosto

Em Sorocaba, de janeiro a agosto (até dia 23), foram confirmados 125 novos casos de HIV em pessoas que residem na cidade. O total é praticamente o mesmo do mesmo período de 2018 (janeiro a agosto): 124. Em relação a este ano, a média é de um novo caso a cada dois dias na cidade. Só no mês de agosto deste ano, foram confirmados 13 casos novos. Os dados são a Secretaria de Saúde (SES).

A Prefeitura de Sorocaba afirma que faz campanhas preventivas contra a doença e que somente em 2018 foram realizadas 24 campanhas externas (educativas e de testagem), e em 2019 já foram 28 (shoppings, praças, Bom Prato, Poupatempo, escolas estaduais, eventos LGBT, shows, etc).

Ainda de acordo com a SES, os casos de HIV na cidade em 2017 somaram 231, número maior do que no ano passado, que teve o total de 184 confirmações, ou seja, foram 47 a mais em 2017.

Em relação aos infectados, assim como em Votorantim, em Sorocaba os homens também são a maioria. Foram 107 homens contaminados com HIV contra 18 mulheres. Já em relação à faixa etária, este ano 52 casos na faixa de 15-29 anos; 43 casos na faixa de 30-39 anos; 17 casos na faixa de 40-49 anos; 10 casos na faixa de 50-59 anos; e 3 casos em maiores de 60 anos. (Ana Cláudia Martins)