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Casa de Papel: Advogado diz que Regalado não tem envolvimento

13 de Abril de 2019 às 00:16
Marcel Scinocca [email protected]

O advogado Geraldo Marim. Crédito da Foto: Fábio Rogério

A Secretaria da Fazenda de Sorocaba foi alvo da operação Casa de Papel, deflagrada na segunda-feira pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Entretanto, conforme Geraldo Marim Videira, advogado do secretário Marcelo Regalado, o chefe da pasta não está na condição de investigado. De acordo com Videira, Regalado sequer prestou depoimento, fato que mostraria que ele não teria envolvimento com a investigação.

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Marim comentou toda a situação em entrevista nesta sexta-feira (12) ao Cruzeiro do Sul. “Os procedimentos da Secretaria da Fazenda são regidos por normas. E isso é seguido, obedecido. Marcelo Regalado é um funcionário de carreira e está há muitos e muitos anos [na Prefeitura]. Tudo o que a pasta faz é pagar o que está empenhado”, argumenta. “Ela [a pasta] não participa de processo de licitação, limita-se a pagar o valor que está empenhado e que chega à Secretaria e entra em uma ordem de pagamento. Ela não tem envolvimento com os fornecedores”, acrescenta.

Ainda conforme o advogado, Regalado não teve a casa revistada e não houve mandado de busca e apreensão contra sua residência. Ele também não teria prestado depoimento. “Quando ele chegou [à Prefeitura] já estava impedido o acesso à repartição. Ele ficou aguardando. Em determinado momento, a secretária lhe avisou que estavam necessitando de um processo. Ele subiu e o processo não estava na Secretaria, mas havia outro processo que era de interesse [da investigação]”, diz o advogado, que finaliza afirmando que Regalado teria prestado informações aos policiais como qualquer outro servidor da Prefeitura.

A operação

A operação Casa de Papel foi iniciada na segunda-feira (8) com a participação de mais de 60 policiais. Houve 16 mandados de busca e apreensão, em quatro secretarias da Prefeitura. Além da Fazenda, Licitações e Contratos, Comunicação e Eventos e Cultura. Dos três secretários citados na investigação, Eloy de Oliveira e Werinton Kermes pediram exoneração. Hudson Zuliani está afastado das funções.

Zuliani chegou a pedir exoneração por meio de uma carta, na quinta-feira. Ontem, porém, foram publicadas as mudanças nas secretarias, mostrando que ele, Zuliani, permanece no governo. Questionada, a Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom) afirmou que o “secretário afastado chegou a pedir exoneração, mas o próprio Zuliani reconsiderou”. Já Eloy de Oliveira não reconsiderou e teve o pedido de exoneração aceito pelo prefeito José Crespo (DEM). (Marcel Scinocca)