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Capivaras são soltas de forma irregular em Sorocaba; uma aparece morta

16 de Fevereiro de 2021 às 00:01
Kally Momesso [email protected]

Capivaras são soltas irregularmente Animais aguardavam processo de microchipagem, castração e realocação; um deles morreu. Crédito da foto: Cortesia

Uma moradora de um condomínio no Alto da Boa Vista, em Sorocaba, fez ontem (15) a soltura irregular de cinco capivaras que habitavam o local. Os animais aguardavam processo de microchipagem, castração e realocação para um ambiente adequado. A Polícia Ambiental informou que as cinco capivaras foram recapturadas. Uma delas morreu.

De acordo com a advogada da associação dos moradores, Angela Regina Perrela dos Santos, o condomínio segue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público, a associação e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema). Esse TAC possibilita o manejo dos animais para serem reinseridos na natureza. “Uma empresa foi contratada para fazer os procedimentos de castração e de remoção. Porém, esses animais foram soltos por uma moradora que, sem autorização e orientação da empresa, acabou soltando os animais”, explicou a advogada.

Segundo a Polícia Ambiental, a mulher soltou as capivaras alegando situação de maus tratos. Entretanto, pelo local, os fiscais identificaram que os animais estavam em boas condições e sendo mantidos em local apropriado. Os agentes constataram a morte de uma das capivaras. A Polícia Ambiental adiantou a possibilidade do óbito ter sido causado por doenças, e não por descuido.

Uma equipe da Seção de Proteção e Bem-Estar Animal da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema) esteve no local. A Sema informou que a aguarda o laudo do parecer técnico sobre a morte do animal, que será emitido pela equipe técnica da empresa contratada pelo condomínio, para manifestação sobre o caso.

Processo

As capivaras que vivem no condomínio estão sendo castradas e levadas à Estação Ecológica Governador Mário Covas, localizada na rodovia Senador José Ermírio de Moraes, desde 20 de janeiro deste ano, conforme determinado pelo TAC. A advogada lembra que o processo pela retirada dos animais do condomínio por conta do risco de febre maculosa, contraída através do carrapato das capivaras, remonta a 2006. “Aqui a gente tem uma questão de saúde pública”, contou ela.

Angela defende que, por conta da velocidade de reprodução da espécie, o condomínio não é um ambiente adequado para os animais. “A associação estava cumprindo (o TAC). Contratou uma empresa técnica para fazer isso com acompanhamento dos veterinários da Prefeitura”, disse a advogada.

A Sema confirmou que fiscaliza o manejo dos animais, e informou que, até o momento, 30 capivaras já foram castradas e 19 já foram levadas à estação ecológica. (Kally Momesso - programa de estágio / Supervisão: Eric Mantuan)