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Câmara de Votorantim tem eleição tumultuada e caso vai parar na polícia

21 de Dezembro de 2018 às 06:15
Ana Claudia Martins [email protected]

A vereadora Fabíola Alves encabeça uma das chapas concorrentes; a outra é apoiada pelo atual presidente, vereador Bruno Martins. Foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS

A eleição da Mesa Diretora da Câmara de Votorantim foi parar na polícia e deverá virar ação na Justiça. A sessão para a eleição dos membros da Mesa Diretora para o biênio 2019/2020, que ocorreu na noite de quarta-feira (19), foi marcada por tumulto e gritaria. A confusão começou depois que o vereador Gaguinho voltou de licença pessoal antes do prazo, com a permissão do atual presidente da Casa, e decidiu a votação. O vereador é investigado por suposto uso irregular de carro oficial da Câmara de Votorantim e já tinha sido punido com 30 dias de suspensão do cargo pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, no último dia 5. Com o voto dele, a chapa 1 venceu a eleição por seis votos a favor e cinco abstenções. Os membros eleitos foram os seguintes vereadores: pastor Lilo presidente; vereador Zelão (PT), vice-presidente; Bruno Martins (sem partido), 1º secretário, e Luciano da Silva (sem partido), 2º secretário.

Já os vereadores da chapa concorrente, a 2, encabeçada pela vereadora Fabíola Alves (PSDB), disseram que irão protocolar nesta sexta-feira (21) uma ação na Justiça para anular a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Votorantim. Logo após a eleição da Mesa, eles seguiram para a Delegacia de Polícia de Votorantim e registraram um boletim de ocorrência por abuso de poder do presidente da Câmara, Bruno Martins. No entendimento da vereadora Fabíola, Martins não respeitou o regimento interno da Câmara e usou de abuso de poder ao permitir que o vereador que estava em licença pessoal votasse para a eleição. “Vamos protocolar ainda nesta sexta uma ação na Justiça para impugnar o resultado da votação. Pelo regimento, é a Mesa que conduz o processo e não o presidente, então, ele não seguiu o rito da eleição”, disse Fabíola.

O presidente da Câmara contesta a afirmação da vereadora e disse que o Artigo 36 do regimento interno permite que ele tenha outra interpretação dos fatos. No caso da permissão para o vereador Gaguinho votar na eleição, já que ele estava de licença pessoal, Bruno Martins disse que aceitou a volta dele em função da alegação de necessidade financeira. “O Gaguinho estava de licença pessoal de 35 dias desde a manhã do dia 5, e na tarde da mesma data, ele recebeu a suspensão da Comissão de Ética de suspensão do cargo por mais 30 dias. Como eu aceitei ele voltar na quarta para votar, ele começa a cumprir a suspensão do cargo a partir de quinta (19)”, afirma. Sobre o fato da chapa 2, que perdeu a eleição, entrar com ação na Justiça para tentar anular o resultado da votação, o presidente disse que acredita que a Justiça deverá determinar que seja feito um novo pleito.

Apesar da eleição oficial da chapa 1, os vereadores que não concordaram com a volta do vereador Gaguinho para participar do pleito realizaram uma nova eleição, onde a chapa 2 venceu. A eleita como presidente da Câmara foi a vereadora Fabíola. O caso, agora, deverá ser resolvido judicialmente.

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