Em março de 2019, o Legislativo de Sorocaba possuía seis voluntários que estavam alocados em quatro gabinetes da Casa. Crédito da foto: Luiz Setti (07/01/2020)

A Câmara de Sorocaba encerrou, ao menos por enquanto, o programa de voluntariado da Casa. A informação foi confirmada pelo Legislativo na tarde desta quinta-feira (5). A revogação ocorreu em 7 de fevereiro, por meio do ato da Mesa Diretora número 11 de 2020.

Conforme a Câmara, o “programa de voluntariado foi encerrado para que novos estudos de aprimoramento sejam feitos e deve retornar assim que for concluído e plenamente analisado e aprovado pelo nosso setor jurídico”.

Polêmicas

Em março de 2019, o Legislativo de Sorocaba possuía seis voluntários que estavam alocados em quatro gabinetes da Casa. Dois deles no gabinete do vereador Fausto Peres (Podemos). Outros dois no gabinete do vereador Rodrigo Manga (DEM). Os vereadores João Donizeti (PSDB) e Irineu de Toledo (PRB) tinham um voluntário cada.

Conforme a Câmara, esses voluntários atuavam quatro horas diárias ou 20 semanais, auxiliando na parte administrativa dos gabinetes. Há um decreto na Casa, de 2017, que regulamentava a atividade.

Entretanto, a polêmica da questão vinha de outros dois gabinetes, sendo que em um casos, conforme matéria do Cruzeiro do Sul de 30 de março, o documento que tratava do período do voluntariado foi assinado oito meses antes de sua vigência. Outro problema era que a atuação da pessoa voluntária seria irregular porque o nome dela não constava na relação do voluntariado oficial do Legislativo.

Na Prefeitura de Sorocaba

Na Prefeitura de Sorocaba os problemas relacionados ao voluntariado foram mais além. O prefeito cassado José Crespo (DEM) foi alvo de uma CPI e de uma Comissão Processante em face do voluntariado da ex-assessora Tatiane Polis.

A situação culminou na cassação do mandato do então chefe do Poder Executivo, em 2 de agosto de ano passado. Crespo aguarda decisão da Justiça em recursos sobre o caso.