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Câmara de Sorocaba rejeita dois pedidos de investigação contra Crespo

11 de Julho de 2019 às 11:29
Marcel Scinocca [email protected]

Crespo durante discurso na Câmara Municipal. Foto: Fábio Rogério (10/10/2017)

Vereadores da Câmara de Sorocaba rejeitaram nesta quinta-feira (11) dois pedidos de abertura de Comissão Processante contra o prefeito José Crespo (DEM). Uma das denúncias diz respeito ao contrato entre a Prefeitura de Sorocaba e uma empresa de publicidade, com a realização de supostas pesquisas com cunho eleitoral a favor do prefeito. A outra denúncia era de um cidadão que acusava o chefe do Executivo de ter implantado em seu cérebro e no cérebro de sua mãe um chip e que a situação estaria lhe trazendo grandes transtornos.

O texto da primeira denúncia cita desvio de finalidade no contrato público para obtenção de vantagem indevida. As informações estariam no relatório final de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o voluntariado na Prefeitura de Sorocaba. 13 vereadores optaram pelo arquivamento da denúncia, contra seis que votaram pela abertura do procedimento.

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O principal embasamento para o arquivamento da denúncia, segundo os parlamentares, é de que os principais pontos da denúncia já estão sendo investigados na Comissão Processante em andamento. Anselmo Neto (PSDB) se manifestou no sentido de que não votará na abertura de nenhuma Comissão Processante até o fim do seu mandato.

No segundo caso, o denunciante diz que Crespo teria infringido a legislação ao monitorar suas ações, inclusive com transmissão dados via satélite. O denunciante diz que é vitima de perseguição cruel e desumana com a implantação do chip, que forneceria sua localização com o equipamento eletrônica. O texto também cita que a mãe do cidadão, de 79 anos, que também estaria passando pelos problemas.

Vereadores chamaram a situação de aberração. “É estarrecedor o ponto em que nós chagamos em Sorocaba”, avaliou Irineu de Toledo (PRB), líder do governo na Câmara. Conforme ele, o cidadão precisa de tratamento médico, ao defender o arquivamento da denúncia. Hélio Brasileiro (MDB), que é médico, também entendeu a situação como caso de saúde.

“Acho essa hipótese absurda”, disse o vereador Anselmo Neto (PSDB). De acordo com ele, não é a primeira vez que o cidadão protocola denúncia com esse teor. O fato já teria ocorrido durante o governo de Antonio Carlos Pannunzio (PSDB). “Já vi colocar chifre na cabeça de corno -- desculpa a palavra --, mas chip na cabeça de cidadão eu nunca vi”, argumentou o vereador Vitão do Cachorrão (MDB).

O pedido de investigação foi rejeitado por 18 votos dos 20 vereadores presentes. Neste caso, o presidente da Casa não vota e o vereador Engenheiro Martinez (PSDB) optou por não participar da votação.